É uma guerra perdida. Não há época sem eles, há quem garanta que não há futebol sem eles. Durante esta semana, voltou a estalar o confronto entre dirigentes. Acusações mútuas entre os presidentes dos dois primeiros classificados da Liga depois de mais uma contratação por parte do Benfica, a de Marcel.
Falou-se da política desportiva de um e outro, e lembrou-se cenas de outras temporadas. Em discurso directo ou em comunicado. E mais uma vez o confronto não abordou o jogo em si. Não se viu um discurso positivo ou construtivo em torno do jogo, tudo não passou mais do que uma guerra de conquista de território, em que o mais importante é não dar parte fraca, ganhar nas palavras, sem qualquer efeito que não dizer mal do rival.
O futebol português precisa de ideias e não de guerras. Precisa de quem pare para pensar em melhorá-lo e não de quem queira ganhar a todo o custo. E isso começa, pela responsabilidade que têm, nos dirigentes. E sobretudo naqueles que mais vezes têm tempo de antena, como é o caso dos dirigentes dos três grandes.
A revolução de mentalidades, ensina-se, é a mais lenta de todas. Só espero que os adeptos do jogo em Portugal não se cansem de esperar.