A Comissão Europeia não concorda com a regra que a FIFA vai colocar a votação no congresso da próxima sexta-feira, segundo a qual cada equipa terá de entrar em campo com apenas cinco estrangeiros no onze inicial.
Por outro lado, o organismo presidido por Durão Barroso está de acordo com a norma da UEFA sobre a formação, na qual é imposta uma quota de jogadores formados no clube, sem restrições a nível de nacionalidade.
«Depois de uma discussão intensiva, de uma profunda análise e de um relatório efectuado pela Comissão Europeia, posso dizer pela primeira vez que a regra da UEFA é compatível com as regras da União Europeia relativas à liberdade de circulação dos trabalhadores», afirmou Jan Figer, Comissário do Desporto do organismo em questão, à Agência Reuters.
A regra denominada «6+5» foi proposta pelo presidente da FIFA, Sepp Blatter. «Eu não digo à FIFA o que fazer¿ Mas a regra da FIFA que está na mesa é uma discriminação directa baseada na nacionalidade que não está de acordo com as leis da União Europeia», explicou Figer.
Entretanto, a UEFA já reagiu a esta posição e garante que Blatter tem agora quatro hipóteses: avançar com a votação da «6+5» e enfrentar a oposição da União e da própria UEFA; avançar com a votação, mas sem incluir a Europa; substituir a «6+5» pela regra da formação proposta pela UEFA ou adiar a votação para melhor análise.