No final do primeiro treino no Nacional Montevideu, Jorge Fucile arrasou a gestão da SAD do FC Porto, nomeadamente no seu caso pessoal.

Fucile comparou a cúpula azul e branca a «uma monarquia absoluta», em declarações à rádio Sport 890. «Já não estamos na época da escravatura e isso era o que se passava no FC Porto. Revoltei-me contra eles», desabafou o lateral, com oito anos de ligação aos dragões.

«Queriam decidir sobre a minha vida. Para onde tinha de ir, onde tinha de jogar, e eu disse-lhes que sobre a minha vida decido eu. Ameaçaram-me. Disseram que se eu não renovasse, não seria emprestado e treinaria afastado do plantel principal. Não aceito esse tipo de injustiças».

Jorge Fucile continuou. «Creio que em nenhuma parte do mundo se faz isso a um jogador. A mim fizeram e tive de aguentar. Arrisquei a minha presença no Mundial, mas o maestro Tabarez quis ver-me e saí-me bem».

Fucile chegou em 2006 ao FC Porto, do Liverpool Montevideu. Em 2012 saiu pela primeira vez do clube, cedido ao Santos. Voltou para fazer parte do plantel de Paulo Fonseca, mas teve um desentendimento com o técnico e foi colocado a treinar à parte, «desanimado e preocupado».

A situação não voltou a ser normalizada.