Cléber
O brasileiro esteve em todas. Sobre a esquerda, sobre a direita ou no centro, cada bola lançada para a área vimaranense acabava da mesma forma, num alívio de Cléber. Para quem tenha seguido o jogo pelas ondas da rádio deve ter-se tornado até cansativo ouvir a mesma conversa. Corta Cléber, corta Cléber, corta Cléber. Enfim, uma exibição gigante com apenas um erro, aos 43 minutos, quando deixou fugir Nuno Gomes e teve de o travar em falta amarelada. Não chegou para manchar a exibição de nota máxima.
Svard
O remate que arrancou do meio da rua saiu cheio de felicidade, bateu na cabeça de Ricardo Rocha e só parou no fundo da baliza. Mas Svard mereceu a felicidade que teve. Percorreu todos os espaços, compensou os defesas, cobriu as entradas dos médios encarnados, pressionou o adversário, tapou os caminhos por onde podia surgir perigo e ainda apareceu várias vezes em zonas de finalização. Um jogo enorme, portanto, que acabou prematuramente quando saiu lesionado pouco depois do início da segunda parte.
Moretto
Sofreu dois golos, dos quais saiu ilibado. No primeiro nada podia fazer depois do desvio em Ricardo Rocha, no segundo apareceu completamente impotente perante a liberdade com que Neca rematou. Pelo meio, porém, foi segurando a esperança encarnada com duas ou três defesas de craque. Sobretudo num voo admirável a livre de Neca, mas também, por exemplo, quando parou um remate de Saganowski ou um outro de Paíto.
Neca
Entrou no jogo em grande estilo, arrancando um livre logo no primeiro minuto que só uma fantástica defesa de Moretto travou, cruzando logo a seguir para um cabeceamento de Wesley ao lado e voltando a centrar para desta vez ser Saganowski a desviar torto quando estava em excelente posição. Caiu depois muito de produção, mas ainda regressou a tempo de ser herói. Num remate que sentenciou a vitória vimaranense.
Nilson
Há momentos que são decisivos, mesmo que passem em fracções de segundos. Nilson teve um, num instantinho, mas que tem de ficar entre os mais importantes do jogo. Foi aos 40 minutos, quando Petit arrancou um livre fortíssimo, cheio de colocação, daqueles de trivela que saem com um arco desgraçado. Quando já se via o golo no fim daquele remate, surge o guarda-redes por detrás da barreira a desviar para canto. Enorme, claro.
Marco Ferreira, Ricardo Rocha, duas apostas ao lado
Ronald Koeman decidiu inovar e fez duas apostas, entre as seis mexidas relativamente ao jogo com o Penafiel, menos previsíveis. Marco Ferreira e Ricardo Rocha ganharam um lugar no onze mas, viu-se no fim, para mal dos pecados dos benfiquistas. Ricardo Rocha esteve nos dois golos adversários, desviou o primeiro remate de Svard e cortou mal uma bola que foi parar a Neca no segundo golo. Marco Ferreira foi uma nulidade na direita, não conseguindo desequilibrar uma única vez.