Faouzi, o talismã

Foi entrar, marcar e sair para o marroquino. Quando saltou do banco foi como se ligassem o V. Guimarães à electricidade. E Fucile que o diga, pois foi quem mais sofreu com as acções do extremo. Primeiro ganhou ao uruguaio para empatar o jogo. Voltou a arrepiar a linha defensiva portista com nova acção pela esquerda, à qual faltou um desvio no meio. Ainda esteve no lance da expulsão de Fucile, antes de se lesionar e deixar o relvado. Este pouco tempo no relvado mas ninguém lhe tira o rótulo de talismã.

Hulk, de novo

E vão seis...Hulk tem sido um dos principais responsáveis pela eficácia portista neste início de campeonato. Nem sempre decide bem, é certo, mas é absolutamente imprescindível por lances como aquele que deu o primeiro golo do jogo. A capacidade de explosão de Hulk valeu mais um golo, depois de passar Bruno Teles e João Paulo.

Belluschi: pormenores

Nem sempre opta pela solução mais simples, pela vontade inata de desequilibrar. E acaba por errar quando o rendilhado se sobrepõe ao prático. Porque, nos pormenores, é absolutamente decisivo. Como nas duas vezes que deixou Moutinho na cara do Nilson, uma após passe de Helton com as mãos e outra no início da segunda metade, com uma abertura a rasgar. Saiu quando Villas-Boas quis dar mais musculo ao meio-campo, com Guarín.

Maicon: de dúvida a certeza

Provavelmente o jogador portista que mais evoluiu, embora as oportunidades na época transacta não tenham sido assim tantas. A confiança dada por Villas-Boas tem reflexo na sua maneira de actuar. Quem o catalogava como central certinho, bom a limpar a sua área de acção, mas mediano nos capítulos que costumam fazer a diferença, tem de ver o filme do jogo de Guimarães. Não só se destaca ao nível do passe, como é capaz de parar para pensar e jogar prático, em vez de atirar uma bola para a área contrária como quem se livra de um despejo.

Ricardo, imperial

O melhor elemento da linha defensiva do V. Guimarães. Para além dos inúmeros duelos ganhos a Falcao, o central que os vimaranenses foram buscar ao Paços de Ferreira, esteve em evidência aos 17 minutos, quando tirou em cima da linha, uma defesa incompleta de Nilson. Depois, fez melhor ainda: grande passe para Faouzi empatar o jogo.

Nilson, seguro

Evitou os festejos de João Moutinho e Alvaro Pereira, naquelas que foram as mais visíveis intervenções de uma exibição que foi globalmente segura.