Fajardo, entrou para decidir
Entrou a pouco menos de vinte minutos do fim, numa altura em que interessava refrescar o ataque na fase do esforço final. Ora numa altura em que a qualidade do futebol era o menos importante, Fajardo fez-se notar sobretudo no mais importante. No golo que marcou. A dois minutos do fim, após um ressalto. Foi oportuno e foi feliz.

Roberto, o mérito de não desistir
O brasileiro não é um primor estético, por vezes parece que só consegue fazer as coisas em esforço, mas é um osso duro de roer. Fartou-se de batalhar entre adversários e ganhou mais vez do que perdeu. Só lhe faltou mais sorte na finalização. Entre outras coisas cabeceou por duas vezes com muito perigo, mas Beto não o deixou ser feliz.
Desmarets, sem tempo a perder
Não tem a confiança da última época e isso nota-se nos pormenores. Aos 39 minutos, por exemplo, isolou-se lançado por Marquinho, mas perdeu muito tempo e rematou em esforço. Mesmo assim, foi dos mais expeditos do V. Guimarães. Serviu Roberto e Marquinho para remates muito perigosos e atirou ele própria para boa defesa de Beto.
Wesley, só faltou acertar
Ser craque também é isto: aparecer quando menos se espera. Wesley teve uma exibição intermitente, sobretudo na criação de jogo. Muito marcado, pouco se viu nesse aspecto. Na finalização, porém, esteve sempre lá. As melhores ocasiões do Leixões passaram todas por ele. Por quatro vezes ficou a centímetros de marcar. Faltou melhor pontaria.
Hugo Morais, sempre em jogo
Assumiu grande preponderância no futebol do Leixões. Partindo da esquerda para o centro, recebeu a bola, temporizou, esticou o jogo, ofereceu soluções aos companheiros. Raras vezes, aliás, o futebol se estendeu sem passar por ele. Depois foi exímio no último passe: serviu duas vezes Wesley para bons remates, faltou melhor pontaria.