O V. Guimarães marcou eleições para a direcção do clube para dia 31 de Março, colocando, assim, um ponto final no clima de contestação que se verificava desde a Assembleia Geral de 28 de Outubro. A direcção presidida por Emílio Macedo assumiu que o plano de reestruturação financeira do clube, que implicava a criação de um fundo de investimento de jogadores, falhou e decidiu avançar para o acto eleitoral que já tinha sido pedido pelos sócios.

«Perante o insucesso da referida operação financeira, não tendo outras soluções que permitam a curto prazo a resolução dos problemas financeiros do Clube e perante o clima de permanente contestação por parte dos associados, reconheceu não ter a Direcção condições de serenidade e de confiança indispensáveis ao bom exercício do seu mandato até ao seu final e por decisão unânime da Direcção, apresentou-nos o seu pedido de renúncia ao cargo, solicitando a marcação imediata de uma AG Eleitoral, mas manifestando a sua disponibilidade para assegurar a gestão corrente do clube>», lê-se no comunicado assinado pelo presidente da Assembleia-Geral, João Cardozo.

Os actuais órgãos sociais vão, assim, continuar em funções até à próxima assembleia geral, mas com poderes muito limitados, reduzidos à gestão corrente e com a inibição de fazer qualquer negócio ou contrato que acarrete custos para a próxima direcção. Caso surja a oportunidade de um negócio de venda de um jogador, este terá de ser avaliado e decidido com o acordo dos presidentes dos vários órgãos sociais do clube, sendo lavrada acta para esse efeito, onde deverão constar os montantes do negócio e o destino dado às verbas daí resultantes.

A assembleia geral eleitoral fica, assim, marcada para 31 de Março, sendo que as candidaturas podem ser entregues até à meia-noite do dia 1 de Março.