Estrela: Schaars, para construir e destruir

Começou por roubar a bola a Freire para assistir Capel para o golo que valeu a vitória. Mas fez mais do que isso, por duas vezes rematou com perigo, a primeira parada por Nilson em grande estilo. Na segunda parte recuou para trinco e foi fundamental: a defender, cobrir espaços e marcar o ritmo baixo.

Caso: Bruno Paixão, claro

O jogo estava bom quando o árbitro fez algo frequente nele: tornou-se protagonista. Mostrou vermelho a Rinaudo por uma entrada dura, sim, mas que legitimava mais o amarelo. A partir daí partiu o jogo, o Sporting encolheu-se, o Guimarães cresceu e Paixão partiu para uma noite cheia de enganos.

Positivo: Capel, também já marca

Decidiu o jogo com um golo muito bom, no final de uma corrida furiosa finalizada num remate ainda mais furioso. Animado pelo primeiro golo pelo Sporting, partiu para uma primeira parte de bom nível, que destacou ainda um slalom ao melhor jeito de Futre, que serviu Schaars para um remate perigoso.

Negativo, Freire num disparate

O jogo já tinha começado, mas pouco: jogava-se o minuto oito quando Freire virou tudo do avesso: tentou sair a jogar em zona proibida e perdeu a bola para Schaars, que lançou Capel para o golo. Um erro que já não devia acontecer no futebol profissional e que custou ao central a substituição a seguir.

Outros destaques:

Elias, ordem para correr

Se houvesse dúvidas sobre a pertinência de Elias, este jogo desfê-las todas: começou a interior direito, jogou a trinco e acabou a ponta-de-lança. Em todas elas deu o máximo, correu, defendeu, recuperou bolas e procurou esticar o jogo. Não é um jogador elegante, mas é um grande reforço.

Edgar, a única ameaça

O V. Guimarães passou boa parte da primeira parte e toda a segunda no meio-campo adversário, a pressionar na procura do golo, tendo a posse de bola e a iniciativa atacante. Porém, a capacidade de criar perigo foi quase nula. Só por duas vezes ameaçou o golo, ambas em cabeceamentos de Edgar.

Polga, só uma falha

O central teve uma desatenção grave, ainda na primeira parte, quando deixou fugir Edgar para um cabeceamento que saiu a rasar o poste, na melhor oportunidade de golo do Vitória. Depois disso, porém, foi sempre um certificado de qualidade, pelo ar ou pelo chão, precioso na fase do sufoco total.