Keita trouxe «veneno»
Explodiu com estrondo nos minutos iniciais a aproveitar a passividade da defesa do V. Guimarães para abrir o activo com um remate embrulhado dentro da área logo aos 3m, concluindo da melhor forma um livre apontado por Ney. Sinalizou as esperanças do V. Setúbal na partida desde os primeiros pontapés e nunca parou a correria na frente de ataque.
Guerreiro francês
Collin esteve bem nas operações de socorro, envergadura física a procurar solucionar os problemas que foram surgindo pela frente na zona defensiva. E não foram poucos. Apelou à valentia e ajudou a compensar uma linha recuada progressivamente composta pelas dificuldades de um jogo com nuances críticas. Cortou ritmo e obstruiu algumas bolas perigosas, tentando combinar bem com Ney nas acções pelo flanco direito. Por ordem a dar maior segurança perante as limitações para a equipa esticar o seu jogo. No plano ofensivo, correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Hélder Barbosa para surgir ao segundo poste a saltar mais alto que Desmarets e fazer o 1-2. Decisivo.

Assis a preto e branco
Uma individualidade de grande mobilidade que continua a fazer a diferença e deu bastante trabalho a Ruben Lima. Criou linhas de passe suspensas por ordem das botas que fazem jogar os companheiros e aumentar as palpitações, ofereceu assistências, apesar da submersão da bola no relvado molhado. Travou, driblou, jogou de calcanhar e abanou as linhas do V. Setúbal com alguns rasgos.
Felício trouxe a «raqueta»
Centro-campista versátil virado para a construção de jogo ofensivo. Mostrou recursos a ajudar Desmarets a carrilar jogo pelo flanco esquerdo na 2.ª parte. Uma actuação concentrada, esforçada e a fazer sobressair o espírito do colectivo pela forma como conduziu o seu jogo e relançou a equipa para outras zonas do relvado mais adiantadas). Um pé esquerdo difícil de desarmar. Quase marcou aos 59m, obrigando Mário Felgueiras a uma intervenção difícil junto à relva e o vago roçar na bola a negar o golo ao camisola 81.
Valdomiro transbordou centímetros
Torre alta no castelo. Dono indisfarçável do terreno aéreo na primeira aparição oficial com a camisola do V. Guimarães. Mais qualidades que o recomendam: segurança, experiência, sentido posicional, músculo, altura, esmagando os adversários de Setúbal nas alturas. Sem aversão ao choque, procurou formar com Sereno uma parede sólida, mas nem sempre conseguiu, sobretudo no deslize colectivo em que teve acção directa no primeiro golo da formação do Sado.
Henrique e Neca: o primeiro aquecimento na equipa
Tarde de estreia para o novo reforço do V. Setúbal. Atacante desconhecido para os companheiros, daí ter sido tão mal servido e acompanhado. Limitações atacantes e uma exibição apagada que não chegou para afugentar curiosos perante a apatia colectiva e a marcação cerrada de Sereno e Valdomiro. Deixou alguns bons indicadores quando procurou jogar com Keita, mas os lances não saíram bem, Coisa de principiantes. Saiu ao intervalo. Neca entrou na parte final para ajudar a travar o ímpeto final do V. Guimarães.
Extremo goleador
Targino voltou a levantar os braços para comemorar o golo do empate (2-2), depois de alguns lances de desperdício. O extremo foi lançado no momento quente da partida e mostrou estar com «ganas» de brilhar no ataque do V. Guimarães.