O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, Vítor Pereira, voltou a remeter-se ao silencia sobre o desempenho de Lucílio Baptista na final da Taça da Liga, entre Benfica e Sporting. No seminário «Análise e Acompanhamento Psicológico de Árbitros», o dirigente explicou que não se pode ser «extremamente punitivo» com os juízes de futebol.
«Estamos todos juntos, as vitórias e os sucessos são de todos e os insucessos são de todos», declarou Vítor Pereira, citado pela «Lusa». Quanto aos castigos impostos aos árbitros, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga referiu que «cada caso é um caso e a decisão mais ajustada é tomada em função de vários factores».
Vítor Pereira explicou: «Os aspectos sociais não podem ser esquecidos e isso condiciona muitas vezes as nossas decisões. Os árbitros têm de ser pessoas motivadas, confiantes e mentalmente fortes e, por isso, não podemos ser extremamente punitivos, pois isso vai impedir que as pessoas estejam na plenitude das suas faculdades.»
Assim, os juízes devem «ter um acompanhamento mais próximo e integrado» quando recebem ameaças devido a uma exibição menos conseguida. «Isso é resolvido com medidas excepcionais. Na vida, sempre que alguém está com problemas devemos ser assim e aqui não falha a regra», concluiu Vítor Pereira, sem referir as ameaças de morte reveladas por Lucílio Baptista, dias depois da final da Taça da Liga.