Se o protagonismo fosse proporcionar à eficácia, o «Hulk do Bonfim» tinha brilhado a grande nível. Mas as coisas não assim tão simples, claro. O brasileiro tem o mérito de ter sido o jogador mais mexido (de ambas as equipas), o mais inconformado com o nulo. Mas depois foi também o mais perdulário, entre remates desenquadrados e duelos perdidos com Matt Jones. Substituído já nos instantes finais, ouviu aplausos do exigente público sadino, que reconheceu o esforço.
O momento: Kieszek conta com a ajuda do poste a fechar
Foi praticamente o último lance do desafio: a bola sobrou para fora da área do Vitória e Arsénio rematou forte. Kieszek voou e desviou a bola para a trave, com esta depois a sair por cima. O Beleneneses esteve muito perto de garantir o triunfo ao cair do pano, mas o guarda-redes polaco evitou isso, com a ajuda do ferro.
Outros destaques:
João Meira
De regresso à equipa após castigo, o central fez uma exibição irrepreensível. Sem cerimónias, limpou todo o que havia para limpar, sempre muito concentrado. «Arrancou» ainda a expulsão a Miguel Pedro, a três minutos do fim.
Rúben Vezo
As defesas estiveram claramente melhor do que os ataques, neste encontro, e Vezo esteve em destaque do lado sadino. Embora algo faltoso na primeira parte, controlou muito bem Diawara, apesar da diferença de estatura, e procurou também ajudar o ataque. Esteve envolvido no lance em que Bruno Sabino recolhe a bola na pequena área, na sequência de um canto, e na segunda parte fez uma grande abertura para Paulo Tavares, mas o cruzamento deste não encontrou ninguém na área.
Miguel Pedro
Entrou na segunda parte com a missão de agitar o jogo, mas a nota de destaque foi um cartão vermelho direto, por agressão a João Meira. Uma atitude negativa de um jogador em que os adeptos sadinos depositavam esperança para agitar o jogo.
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V. Setúbal-Belenenses, 0-0 (crónica)
