Aos 23 anos, o francês Aurelien Collin, central recrutado esta época pelo V. Setúbal, quer mudar o estilo de vida. Até agora um nómada no futebol - depois de ter jogado do país natal, passou por Espanha, Grécia, Escócia, País de Gales e, finalmente, aportou no Sado -, apesar de ainda jovem, o parisiense acha que encontrou finalmente o clube ideal para assentar e fazer carreira.
«As condições são boas, gosto da cidade, o clima é quente em relação ao que estava habituado, e o clube é enorme. Aqui há verdadeiros adeptos, apaixonados e exigentes», revela ao Maisfutebol o gaulês, que compara o futebol português àquele que se pratica em Espanha: «É o primado da técnica sobre o físico, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Escócia.»
Collin parece agora de pedra e cal na defesa sadina depois de um início de época conturbado, em que esteve com um pé fora do clube. «Prefiro nem pensar nessa fase. Fui paciente e soube esperar pela minha oportunidade», conta, aliviado. A saída de Carlos Azenha permitiu a reconciliação e, com Manuel Fernandes, o francês passou a ter um papel relevante na equipa, principalmente pela capacidade de fazer várias posições.
Em paralelo, os sadinos começaram a recuperar na tabela e já estão invictos há três jogos consecutivos. «Estamos no bom caminho. Há que continuar a trabalhar e progredir para conseguirmos a manutenção, mas as coisas estão a correr-nos bem agora. O treinador tem feito tudo para termos as melhores condições e os reforços vieram trazer experiência e mais qualidade», analisa.
Em bom momento - ainda no último jogo marcou ao V. Guimarães para além de ter feito uma boa exibição -, Collin recebeu algumas sondagens para emigrar novamente mas, ao contrário do habitual, prefere dar prioridade à estabilidade. «Já conheci vários campeonatos e agora quero assentar. Só trocaria o Vitória por um grande clube», revela este central, apreciador das qualidades do inglês John Terry.