A figura: Rondon

Dois golos e outras mais ocasiões para faturar. O ponta de lança do Nacional bisou num encontro em que começou por desequilibrar com um toque de calcanhar e depois fechou com dois remates na área, a concluir dois trabalhos dos colegas. No 1-0, percebeu que João Aurélio estava atrás, colocou-lhe a bola de calcanhar e o lateral cruzou para o 1-0, de Diego Barcellos. Depois, Rondon aproveitou um passe do autor do primeiro golo e fez ele mesmo o segundo, em remate cruzado. No 3-0 só teve de encostar a bola servida por Marçal. Estava no local determinado, como em muitas outras vezes, que foi para o sítio certo, fosse para abrir espaços para os companheiros ou para atirar à baliza. Saiu ao minuto 83, com o trabalho já feito.

O momento: minuto 35

Já havia 2-0, mas para que não ficassem dúvidas, Rondon fez o terceiro e acabou com as hipóteses de o Vitória conseguir qualquer ponto. Mais do que o golo, as facilidades mostradas pelos sadinos no lance mostravam que, ao minuto 35, o jogo tinha «acabado».

Outros destaques

Candeias e Mateus

O português começou na direita, passou para a esquerda, voltou ao flanco inicial e por onde passou causou problemas. Uma finta para a linha de fundo, outra para o meio, dependendo do lado em que estava, passes a rasgar e ainda tentativas de marcar. Tal como Mateus, aliás. Os dois extremos fizeram um jogo em cheio e foram dores de cabeça para Suswam e Igor, os laterais iniciais. Mais tarde foi Tengarrinha que teve de «aturar» os dois flanqueadores que, sem marcarem, colocaram a nu as dificuldades sadinas.

Diego Barcellos

Um golo, uma assistência e muito futebol pelo meio. A jogar no miolo, aproveitou os espaços dados pelo Vitória. Foi por ali fora a criar jogo, apontou o 1-0 e serviu Rondon para o segundo da equipa. Teve tempo e metros para fazer o que queria e saiu para a estreia de Jota na Liga. Quem trabalha assim, merece uma folga antecipada, sem dúvida.

Jota

Estreou-se na Liga ao minuto 63. Jogou no miolo, como médio de organização. Atirou à baliza e mostrou à vontade e boa técnica, para além de visão de jogo. Tem 18 anos e terá, certamente, mais oportunidades para se mostrar. Sobretudo, num jogo que seja mais exigente do que este do Bonfim.