Com um golo a abrir e outro a fechar, o Vitória de Setúbal deu um passo importante na maratona da permanência. O triunfo sobre o Nacional não garante nada matematicamente, mas deixa a equipa sadina mais perto dos sorrisos do que das lágrimas, quando a época acabar.

Neca deu vantagem à equipa da casa logo nos instantes iniciais do encontro, e Jaílson ofereceu tranquilidade perto do final. Anselmo ainda assustou, no período de compensação, mas Bruno Ribeiro festejou mesmo o primeiro triunfo. Após oito jogos sem vencer, o emblema sadino regressa aos triunfos. O Nacional é que já vai em três jornadas sem ganhar, e em 2011 só conta dois triunfos. Ivo Vieira não foi feliz na estreia.

Uma entrada forte sem a resposta esperada

Pressionado pelo triunfo do Portimonense, no arranque da jornada, o Vitória de Setúbal entrou no jogo em alta rotação, e chegou à vantagem logo ao minuto seis. Um remata de Neca, à entrada da área, tirou proveito de um mau corte da defesa madeirense, na sequência de uma boa combinação entre Miguelito e Pitbull, no flanco esquerdo.

O Nacional, que até tinha a possibilidade de ultrapassar o V. Guimarães (derrotado precisamente em Guimarães), estava condenado a correr atrás do prejuízo, mas não o fez com grande convicção. Procurou assumir o comando das operações, é certo, mas a grande ocasião que apareceu na etapa inicial foi consequência de um mau corte de Anderson do Ó. Orlando Sá apareceu isolado, mas Diego mostrou a segurança habitual, evitando o golo com a mancha.

O Vitória recuou um pouco após o golo, à espera de uma reacção mais perigosa do que realmente foi, mas aos poucos foi-se reaproximando da baliza contrária. O contra-ataque e as bolas paradas apareciam como as estratégias mais seguras, e foi assim que apareceram duas grandes oportunidades para aumentar a vantagem, ainda antes do intervalo. Ricardo Silva, na sequência de um canto, viu Nuno Pinto negar-lhe o golo em cima da linha de baliza, desviando de cabeça para a barra (37m). Dois minutos depois foi Bracalli a valer ao Nacional, quando William apareceu solto na área, a corresponder a um cruzamento rasteiro de Pitbull.

Final de «trunfos»

Por mérito do Nacional, mas também por opção do Vitória, a segunda parte andou mais próxima da baliza sadina. A equipa madeirense criou mais oportunidades, mas sem qualquer inspiração dos homens mais adiantados. Quando a pontaria deixava a desejar, como aconteceu com Thiago Gentil (54m), apareciam Diego e Ricardo Silva como barreiras intransponíveis.

Os técnicos começaram a sacar dos «trunfos», e ambos tiveram apostas felizes. Bruno Ribeiro trocou William por Jaílson, e viu o camisola 9 apontar o tento da tranquilidade a onze minutos do fim. Ivo Vieira tirou Márcio Madeira e Anselmo do banco para fabricarem o golo da equipa madeirense, já em período de descontos, mas a estreia acabou por não ser feliz.