Um empresário ofereceu-se para colocar Leomar na seleção brasileira ou num clube grande, de acordo com o presidente do Sport, Luciano Bivar, citado pelo site brasileiro UOL Esporte. O valor pago «foi insignificante» e o dirigente não tem certeza sobre a eficácia do pagamento.

Segundo o dirigente, é comum que lobistas, em geral agentes de atleta, se apresentem para pÕr um atleta num clube: «Ele [empresário] me abordou. Acontece naturalmente. Deve ter acontecido outras vezes», contou o dirigente pernambucano. «Fornecemos o scout do Leomar porque tínhamos interesse de botar o jogador na seleção ou em um grande clube», explicou o dirigente.

Leomar acabaria por se transferir para a Coreia do Sul.

Bivar disse que o negócio até foi lucrativo para o Sport, mas não em grandes valores. «Não foi significativo [o valor que paguei]. Não me recordo. Vendemos para a Coréia e também não recebemos muito dinheiro», contou o dirigente, que não tem certeza da eficácia do lobby do empresário para a convocação do jogador do Sport. «Se não colocou o jogador na seleção [e ele foi convocado por motivos técnicos], perdemos o dinheiro. Se botou [na seleção], valeu.»

Na convocação de Leomar, o selecionador brasileiro era Emerson Leão, que tinha acabado de deixar o Sport presidido então por Bivar. Questionado porque não falou diretamente com o treinador, o dirigente deu a entender que «havia outras influências na lista de chamados para o time brasileiro». E negou envolvimento do treinador.

«Emerson Leão não era dono da CBF. Não era o único na seleção. Havia toda uma comissão técnica», explicou o presidente do clube pernambucano.