O ciclista espanhol Alejandro Valverde está impedido de correr em Itália durante dois anos, após decisão desta segunda-feira do Tribunal Antidopagem do Comité Olímpico italiano (CONI), baseado no alegado envolvimento do atleta na «Operação Puerto».
Recorde-se que este processo de doping em Espanha, que remonta a Maio de 2006, envolve o médico Eufemiano Fuentes, que é acusado de ter administrado substâncias proibidas a cerca de 200 atletas profissionais do ténis, futebol e ciclismo. E, de acordo com um delegado do CONI, o sangue de Alejandro Valverde encontrava-se entre as amostras recolhidas.
Segundo, ainda, o comunicado divulgado pelo CONI, o tribunal «aplica a Valverde, a título de medida cautelar, a suspensão durante dois anos no desempenho de cargos ou missões no seio do CONI, das federações desportivas nacionais ou nas disciplinas desportivas associadas», ou seja, «participar ou estar presente em eventos desportivos organizados pelo país [Itália]».
Valverde faz da participação do Tour o seu objectivo de época, mas o facto de a prova francesa atravessar território italiano suscita algumas dúvidas que o CONI ainda não clarificou, apesar da organização não ser italiana.
Do lado do atleta está a sua equipa, a Caisse DEpargne, que, igualmente através de comunicado, considerou a decisão do tribunal de «injusta, obsoleta e realizada por um organismo manifestamente incompetente, na sequência de um processo pejado de irregularidades e no qual não foram respeitadas as garantias mínimas de defesa de qualquer atleta».