O capitão do Bayern Munique, o médio Mark van Bommel, fez a antevisão do embate deste sábado com o Inter de Milão no Bernabéu, na final da Liga dos Campeões. O veterano elogiou o adversário e garante que os alemães estão preparados para todos os detalhes que podem decidir um jogo.

«É um momento excitante para nós. Tenho a vantagem de já ter estado numa final, mas esta é diferente e há sempre tensão em todas as finais. Mas é uma sensação fantástica, se ganharmos então será o melhor de todos. Espero ajudar a ganhar o primeiro triplete da nossa história», anunciou.

O internacional holandês sabe que, contra uma equipa tão letal como o Inter, toda a atenção será pouca: «Os detalhes fazem a diferença. Um lançamento lateral, uma lesão, um livre¿ Veremos o que vai acontecer.»

Van Bommel avisa ainda para o perigo de correr atrás de um golo sofrido. « O que me parece é que quem sofrer o primeiro golo vai sentir grandes dificuldades para virar. Nós estamos moralizados porque já virámos resultados de 1-0, 2-0 e 3-0, mas até aqui eram dois jogos, agora é só um. Prefiro não ficar em desvantagem. Mas, sim, somos mentalmente muito fortes.»

Em campo vão estar compatriotas. Wesley Sneijder será rival, Robben companheiro de equipa, ambos ex-Real Madrid, onde não vingaram. «Sneijder é um jogador de classe mundial, que pode vir a ser o melhor do mundo ainda no futuro. Estamos na final para defrontar grandes jogadores», comentou, antes de continuar: «Estou feliz por Robben jogar por nós. Não sei por que o Real Madrid não o quis, mas é muito importante para nós. Faz golos e joga muito bem para a equipa. A equipa sabe como jogar para ele, ele sabe como jogar para nós. Quando não tem a bola tem de trabalhar para nós. Todos sabemos o que fazer dentro de campo.»

O centrocampista, habituado a parar os ataques dos rivais, alertou também para um ataque letal que vai estar do outro lado: «Mourinho não é só defesa, tem um ataque muito forte. Joguei com o Etoo, conheço o Sneijder. Contra o Barcelona defenderam muito, mas chegaram à final. É uma equipa muito boa.»

O mau início de época parecia perspectivar um desfecho diferente para o Bayern esta temporada. Ninguém previa que tivessem a possibilidade de ganhar tudo, incluindo a Liga dos Campeões. «No início da época não ganhávamos os jogos, mas sabíamos o que o treinador queria. As ideias são as mesmas, no início apenas não ganhávamos. Temos um treinador sensacional, que prepara a equipa muito. Às vezes tenho a sensação de que sei o que se está a passar e tento que a equipa trabalhe de certa forma, mas é o treinador que faz quase tudo», respondeu quando questionado se era também ele um técnico em campo.

Até ao pontapé de saída «a rotina será a mesma de todos os jogos da Liga dos Campeões, ou seja «manter o ritmo e não fazer nada de estranho.»