No âmbito de uma entrevista a Mitchell van der Gaag, o Maisfutebol desafiou o técnico holandês do Belenenses a falar dos compatriotas que estão nos «vizinhos» Benfica e Sporting. Aqui segue a análise, em discurso direto.

Ola John: «Teve uma fase dificil, mas o Benfica, neste caso o treinador, esteve muito bem. Começou com calma. Custou nove milhões, e a pressão do Benfica não é fácil. Nenhuma equipa holandesa tem essa pressão e grandeza. É jovem e veio para um país novo, com uma língua diferente. A primeira imagem é importante, e começou com calma, com tempo. Assim mostrou o seu valor. Os nove milhões pesam num jogador novo. Tem margem de evolução e está a mostrar o seu valor. Vai jogar ainda melhor, pois tem qualidade, e tem capacidade para jogar em patamares ainda mais superiores.»

Wolfswinkel: «Surpreendeu-me. Conhecia-o mais ou menos, pois jogava na minha ex-equipa, o Utrecht. É uma equipa boa, mas não grande. Nenhuma equipa grande da Holanda pegou nele. Pensei que ia ter vida difícil, mas marcou muitos golos. Mesmo esta época está a fazer um bom campeonato. A equipa não está a funcionar, e aqui não é fácil, pois o futebol é mais fechado. É um ponta de lança com muita qualidade. Está a fazer mais do que esperava.»

Schaars: «Já conhecia, e chegou aqui com uma idade diferente, já mais experiente. Foi campeão com o AZ, apanhou treinadores com qualidade, como o Van Gaal. É um jogador fundamental em qualquer equipa, um jogador de equipa, «box to box». É sempre bom ter jogadores assim, ainda para mais internacional holandês.»

Boulahrouz: «Chegou para ter um papel importante na equipa, pela experiência que tem. Mas não tem assumido esse papel, devido a lesões e também ao momento da equipa, que não ajuda. Um jogador precisa de uma equipa forte para entrar. Precisa ficar bem fisicamente.»

Labyad (internacional sub-23 marroquino, mas nascido na Holanda): «Sabia que era muito bom jogador, que era uma promessa holandesa, pois tenho um amigo que trabalha no PSV, e disse-me que eles não o queriam deixar sair, obviamente, pois tem muita qualidade. É o primeiro ano de sénior, não se pode pedir muito. A diferença para o Ola John é que o Sporting não está a funcionar. Não correu muito bem no início, por várias razões. Mas é um jogador de futuro. Não esperava que viesse para o Sporting.»

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