Em 2002 a Holanda nem sequer conseguiu apurar-se para o Mundial, na Coreia do Sul e Japão. Muito por culpa de Portugal e da República da Irlanda (ambas com 24 pontos, os holandeses fizeram apenas 20 no grupo 2 da zona europeia), sim, mas foi van Gaal quem pagou o preço.

Onze anos depois, o treinador viu a sua seleção ser a primeira equipa europeia a apurar-se para o Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil.

Questionado sobre esse ano de 2002, Louis van Gaal foi claro: «Não vejo nenhuma mancha na minha carreira». Talvez não, mas esse grupo de jogadores era fantástico (Edwin van der Sar, Frank De Boer, Cocu, Kluivert, Davids e outros do género) e mesmo assim a Holanda ficou pelo caminho.

Desta vez a tarefa era bem diferente. Depois do fracasso do Euro 2012 (outra vez com Portugal ao barulho), o objetivo principal é «construir uma equipa, com muitos jogadores jovens e alguns mais experientes».

Talvez não se possa dizer que o trabalho está terminado, mas para já os sinais são bons, como salienta o próprio Van Gaal. «Conseguimos o apuramento com uma diferença de 20 golos», disse.

No Brasil, afirma Van Gaal, antes de tudo é preciso aproveitar a oportunidade de jogar um Campeonato do Mundo. Algo que no caso do treinador holandês, agora com 62 anos, chega com mais de uma década de atraso.