José Veiga e o Sporting encerraram esta segunda-feira com um acordo o litígio que os opunha desde 2006, por causa da polémica em torno da transferência de João Pinto. À saída do tribunal, o antigo dirigente assumiu ainda a vontade de regressar ao Benfica «para acabar o trabalho».
O Sporting tinha processado José Veiga por difamação na sequência de declarações proferidas em Novembro de 2006, quando garantiu que não tinha recebido verbas tornadas públicas relativas à transferência de João Pinto e defendeu que o Sporting é que teria as respostas.
À saída, o antigo dirigente do Benfica disse que o acordo foi iniciativa dos advogados. Rui Patrício, representante legal do Sporting, explicou que Veiga disse que «as suas palavras foram mal interpretadas na altura».
O «caso João Pinto» foi tornado público quando Veiga era dirigente do Benfica. O antigo empresário deixou depois o clube da Luz, mas agora assume que o seu desejo é voltar. Não necessariamente como candidato a presidente, acrescenta.
«Não sou candidato, mas quero regressar ao Benfica para acabar o trabalho que não me deixaram concluir. Quero acabar o trabalho que ficou a meio», afirmou Veiga aos jornalistas. «As eleições só são em Outubro. Posso voltar ao Benfica daqui a seis meses ou daqui a uns anos», prosseguiu, comentando depois a eventualidade de procurar uma figura para se candidatar a presidente: «Não procuro ninguém, mas não escondo que já fui contactado por diversas pessoas.»
Veiga abordou depois em tom crítico a situação actual do clube. «O Benfica não se pode contentar com o terceiro lugar. O problema do Benfica não é dos treinadores nem dos jogadores. É um problema de falta de liderança, um problema da presidência. O próximo treinador que vier para o Benfica irá passar pelo que o Quique está a passar agora e irá na mesma embora», defende.
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