José Veiga, antigo director-geral dos encarnados, apresentou, esta sexta-feira, «Como tornar o Benfica campeão». O livro tem algumas passagens polémicas, de resto já reveladas, mas o autor explica que «não é feito contra ninguém», embora aconselhe a sua leitura à SAD encarnada. «Se seguirem à risca o meu manual o Benfica será campeão mais vezes», garantiu, defendendo ainda que «não é possível que uma instituição com a grandeza do Benfica só consiga um campeonato em 14 anos».
Veiga reforçou a ideia de que o livro não é uma biografia, mas sim «um manual» que serve «não só para os dirigentes do Benfica, mas para todos os dirigentes». Por isso mesmo será lançado «em vários países», a começar, em princípio, por Inglaterra. O título será alterado, ficando «Como tornar um clube campeão».
O antigo gestor do futebol do Benfica coloca no livro algumas passagens que poderão não cair bem a alguns elementos da SAD encarnada, mas desvaloriza eventuais reacções negativas: «Não estou preocupado com o que possam pensar. O Benfica está acima de tudo. O livro serve para ajudar e se alguém não gostar, então paciência.» Veiga garantiu, ainda, não temer uma má reacção dos adeptos. «Tenho recebido muito apoio», referiu.
«Várias pessoas do Benfica gostariam de estar presentes, mas percebo a sua ausência»
Na cerimónia de apresentação do livro estiveram presentes figuras como Octávio Machado, o realizador António Pedro Vasconcelos e o ex-presidente do Sporting Santana Lopes, mas ninguém ligado directamente ao Benfica. «Recebi telefonemas de várias pessoas do Benfica, que gostariam de estar presentes, mas percebo a sua ausência. Foi enviado um convite para o presidente e para todo o Conselho de Administração», explicou Veiga, que disse ter «uma relação normal» com Luís Filipe Vieira.
Questionado sobre um hipotético regresso ao Benfica, o antigo empresário deixou essa possibilidade em aberto, mas disse não ter pressa. «Vou continuar ligado ao futebol. Vou estar no estrangeiro mas com atenção ao que se passa no clube. Quando sentir que devo dar a minha opinião, vou dá-la», adiantou, preferindo não falar na hipótese de esse regresso ser como presidente.
O futuro imediato «será sempre como gestor do futebol», referiu José Veiga. Resta saber onde.