O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:
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«Olá a todos,
No último fim-de-semana foi momento de festejar o título de campeão da Estónia aqui no Nomme Kalju. Quando o árbitro apitou para o final do encontro iniciou-se uma festa que não consigo descrever com palavras.
Foi o momento de real consagração por anos de trabalho e muito sacrifício. Foi também um momento único para o clube. Por mim, fomos originais na festa que fizemos. Festejamos no relvado com os nossos adeptos. Depois fomos para o autocarro.
Seguimos todos juntos, adeptos e jogadores no autocarro. Os restantes seguiram os seus carros, buzinando. Foi a primeira vez no futebol da Estónia que um clube seguiu no seu próprio autocarro para festejar pela cidade com os seus adeptos.
Foi um momento que atraiu muita atenção por parte da imprensa de da população em geral. Em Portugal é algo perfeitamente normal mas para eles foi um momento único e inesperado. É algo que pretender repetir em força no próximo ano.
Mostro aqui um vídeo da festa mas também da neve que saiu na semana antes do jogo. Tivemos muita sorte porque a chuva apareceu a três dias do jogo e conseguiu derreter a neve. Dessa forma, foi possível celebrar no nosso estádio. Quando a neve surge em força, temos de jogar num estádio tipo arena com relva sintética.
Como podem ver numa das fotogradias, a quatro dias do jogo o estádio estava completamente coberto pela neve. O vídeo é sobre a jornada anterior, quando fomos jogar ao estádio do Flora.
Fizemos o trajeto no carro no Getúlio Fredo, treinador brasileiro que é atualmente o adjunto do Nomme Kalju e que jogou no Portimonense há muitos anos. Como moramos todos perto uns dos outros, é ele quem nos transporta para os treinos. Neste caso, também foi ele porque era o único que tinha pneus para a neve.
Foi inesperado surgir tanta neve e acabou por ser uma viagem engraçada. Ia no carro com o Getúlio, o Marco Bianchi e o Damiano Quinteri de Itália e o Cissey, internacional pela Gâmbia.
É interessante ver como a cidade não pára, mesmo com a neve. Em Vila Real, onde nasci, neva duas ou três vezes por ano e não conseguimos fazer nada. Aqui, só quando a temperatura chega aos -20 é que as escolas fecham, por exemplo. Decidi fazer o vídeo para mostrar o bom ambiente na equipa e também um pouco dessa realidade.
Espero que gostem!
Abraços, até breve.
Jorge Rodrigues»
Made In
7 nov 2012, 17:12
Veja como um português celebra o título na Estónia (e viaja pela neve)
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