A Arena Joinville, casa emprestada do Atlético Paranaense, foi palco de cenas violentíssimas este domingo. O jogo contra o Vasco da Gama esteve paralisado durante 70 minutos mas, entretanto, foi retomado.

Antes do pontapé de saída já tinham existido alguns focos de tensão, mas todos no exterior do estádio. O pior ocorreu, porém, nas bancadas.

Numa altura em que o Furacão já vencia por 1-0, adeptos dos dois clubes protagonizaram cenas de verdadeira selvajaria, com trocas de socos e pontapés. A polícia apareceu muitos minutos depois do início dos tumultos, pois a segurança estava a cargo de uma empresa privada.



«É um evento privado e a segurança era da responsabilidade de uma empresa privada contratada pelo Atlético-PR. A Polícia Militar tinha de fazer o policiamento na parte externa do estádio, como está a fazer», explicou Adilson Moreira, porta-voz da PM.

De acordo com informações oficiais, três adeptos estão gravemente feridos e foram transportados para o Hospital de São José, em Santa Catarina. Os nomes foram revelados pela PM e as pessoas em causa são Estevão Viana, William Batista e Diogo da Costa.

Um deles corre, inclusivamente, perigo de vida devido a uma grave lesão no crânio.

As cenas de violência impressionaram os próprios atletas que, no relvado, nem queriam acreditar no que viam. Luiz Alberto, defesa do Atlético, era um dos mais perturbados e com as lágrimas a escorrerem-lhe pela face abaixo falou aos jornalistas.

«Estávamos a ver um rapaz deitado, a levar pontapés, a levar com um pau. É um ser humano. Isso precisa parar. Nós pedíamos para eles pararem e eles não nos escutavam».

Cris, defesa do Vasco da Gama, acrescentou mais um desabafo: «Vimos que antes do jogo não havia policiamento nenhum, não havia sequer um cordão para fazer segurança aos jogadores», disse o experiente atleta.

A partida é decisiva para o Vasco da Gama, que luta pela manutenção.