Valdir de Moraes Filho não é homem para seguir os ditames da moda. 2021 é o mesmo que 1997, um bigode será sempre um bigode e Valdir será sempre Valdir Bigode.

O antigo avançado do Benfica é fiel ao bando capilar que lhe moldou o look e a alcunha. Imagem vintage, goleador kitsch, completamente alheado da nouvelle vague de tatuagens, brincos e cabelos pintados.

O tempo passa e Valdir está igual. 24 anos depois de sair da Luz, a alegria na voz e a leveza no espírito são os mesmos. Juntamos-lhes o olhar vivo, a bigodaça ufana e o agora treinador podia muito bem ser um cromo retirado de uma caderneta dos eighties.

Não se deixem enganar pela imagem folclórica. Valdir foi um dos bons avançados a passar pelo desgraçado Benfica daquela segunda metade dos anos 90. Fez seis golos em 13 golos, não aguentou a «bagunça» na Luz e voltou onde sempre foi feliz.