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André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, em declarações no auditório do Estádio do Dragão, após a goleada frente ao Benfica (5-0). Os azuis e brancos passam a ter 10 pontos de vantagem sobre o rival deste domingo, à 10ª jornada da Liga 2010/11:

«São sentimentos muito fortes, nesta altura. Esta vitória tem um sabor especial para nós. Continuamos a dar o nosso grito de revolta em relação ao ano passado. É um resultado histórico frente ao campeão nacional. É importante não perder a lucidez, a vitória coloca-nos numa posição confortável mas há muito campeonato pela frente. Temos por exemplo uma deslocação difícil a Alvalade, em breve. Apesar do domínio global do F.C. Porto, o grande factor foi termos bloqueado o jogo do Benfica. Com transição ou circulação de bola, continuámos a criar oportunidades.»

Sobre a exibição de Hulk: «A preponderância é todo para o colectivo. Só um colectivo muito forte é que nos consegue levar em frente, dar prestígio a esta estrutura.»

Sobre a colocação de David Luiz à esquerda: «A única coisa que é importante perceber é que a adaptação do David Luiz mexeu em toda a dinâmica do Benfica. Acreditou-se demasiado num duelo, acreditando que isso resolveria tudo, e não foi isso que se passou.»

Sobre a vantagem pontual: «Quem diz que este resultado, ao fim da 10ª jornada, é decisivo, não pensa da forma que eu penso. Vivi com Mourinho uma situação de ter 12 pontos de vantagem sobre o Man. United e continuávamos a sentir a pressão deles. É uma vantagem fora do normal, mas agora é um desafio à nova competência, para irmos pontuando até matematicamente nos entregarem o título. É mérito nosso e é demérito dos outros, que se calhar não têm sabido contrair. Insere-se dentro da mensagem enganosa que tem vindo a ser passada. O F.C. Porto conseguiu dois grandes resultados, na Turquia e em Coimbra. Mas tentou-se entretanto passar uma mensagem de queda. O F.C. Porto continua a lutar contra tudo e contra todos, é essa a mensagem desta casa. Queremos receber elogios, mas olhámos de soslaio para quem nos tenta enganar.»

Sobre a goleada histórica: «Não me sinto a fazer história, de modo algum. O percurso é longo e temos de continuar a trabalhar. Quero deixar uma mensagem especial à minha equipa técnica, que me apoia e muitas vezes decide por mim. Eles são essenciais no meu trabalho.»

Sobre os destaques na imprensa: «As minhas conferencias estão disponíveis para não surgirem questões como a de Rodriguez, em que pegaram numa frase que depois não tinha a ver com o resto do texto.»

O amarelo a Moutinho foi propositado? «O João estava a treinar uma situação que foi trabalhada ao longo da semana. Só que a movimentação não surgiu e o Pedro Proença não teve contemplações, mostrando-lhe o cartão amarelo.»