André Villas-Boas, diz que nunca foi o «número dois» de José Mourinho, mas que apenas pertenceu à equipa técnica do Special One.

«Nunca fui o número dois. Fazia parte da equipa técnica, mas nunca fui assistente. Isso é uma das razões porque seguimos caminhos diferentes. Pensava que podia dar muito mais, mas ele sentia que não precisava de ninguém ao lado», disse o técnico português em entrevista ao Léquipe

«Comparações com Mourinho são difíceis de aceitar por diversas razões. Aprendi com José Mourinho, mas sou totalmente diferente. O meu caráter, os meus métodos de trabalho e a comunicação são diferentes», disse ainda. «Temos diferentes filosofias. Claro que Mourinho foi muito importante na minha carreira, deu-me uma experiência que não conseguia adquirir com mais ninguém. Temos uma excelente relação profissional, mas assim que nos separámos comecei a fazer as coisas ao meu jeito», acrescentou.

«A minha filosofia é treinar equipas de ataque, que tenham a iniciativa de jogo, que gostem de ter a bola. Jogamos sempre para ganhar e, por vezes, pagamos por isso», disse ainda.

Villas-Boas revelou também que foi abordado no verão pelo Paris Saint-Germain sobre a possibilidade de orientar a equipa francesa, substituindo Carlo Ancelotti, revelou.

«Conheço-o porque trabalhei com ele no Al-Jazeera e fui convidado para ir a Doha, onde me mostraram os planos para o Mundial 2022», começou por contar.

«A aproximação do PSG era conhecida, mas eu queria ficar no Tottenham um segundo ano, a trabalhar no projeto da temporada passada e fazer duas épocas consecutivas no mesmo clube pela primeira vez na minha carreira», adiantou. Por isso, os parisienses nunca apresentaram qualquer proposta oficial para a contratação do treinador. «Nunca chegamos a essa fase».