André Villas-Boas encara os três jogos que faltam até ao final da temporada com o cuidado necessário. Se é certo que só os dois últimos podem acrescentar troféus ao museu do F.C. Porto, também é verdade que a possibilidade de terminar o campeonato sem derrotas é um aliciante extra para uma prova decidida há mais de um mês.

«É um desejo muito forte desta equipa. É algo que temos a possibilidade de fazer, são três jogos com três objectivos diferentes e temos de encarar este jogo, antes de uma final europeia, com máxima ambição e desejo. É óptimo que haja esse desejo da parte dos jogadores. É uma das deslocações mais complicadas da Liga e esperemos estar à altura», afirmou o técnico portista, em conferência de imprensa.

O conjunto insular é um crónico osso duro de roer para os dragões e Villas-Boas sabe disso não esperando, portanto, facilidades.

«É uma equipa extremamente competitiva, que nos cria máximas dificuldades. Aqui no Dragão encurtaram para 2-1 e só na parte final construímos o 4-1. Teve um salto qualitativo com o Pedro Martins, quando tardava em sair dos últimos lugares. Construiu uma série de resultados positivos. Permite chegar ao campeonato com esperança de saltar um pouco mais. E as deslocações à Madeira sempre foram complicadas. Temos o extra-bónus de conseguir terminar o campeonato sem derrotas», lembrou.

Villas-Boas garantiu ainda que o grupo não terá a «cabeça em Dublin», justificou a ausência de João Moutinho nos convocados com os problemas físicos que atravessa e abordou a grande novidade da lista: a troca de Hulk pelo jovem Christian Atsu.

«Optámos por valorizar a nossa formação. O Christian foi decisivo esta época e é algo importante para nós que haja empatia entre o futebol juvenil e o profissional e era justo permitir a um jovem estar nos eleitos», explicou.