André Villas-Boas foi muito crítico na sala de imprensa para com a exibição de Carlos Xistra, no encontro que o F.C. Porto empatou a uma bola, frente ao V. Guimarães:

«No lance em que fui expulso, protestei uma grande penalidade não assinalada. Não passaram repetições do lance, mas se eu não estiver correcto, faço mea culpa na próxima conferência de imprensa. Os jogadores disseram que foi uma grande penalidade óbvia. Eu vi, todo o banco viu e levantou-se. É demasiado nítida. Mas não é só esse erro, é um acumular. O João Paulo não deveria ter terminado o jogo, as leis são claras nas entradas por trás e a que ele teve sobre o Falcao era para vermelho. O segundo amarelo ao Fucile é um pouco forçado, mas eu não sou expulso por aí. O que disse ao árbitro? Não lhe disse uma frase muito correcta, mas disse-lhe para abrir os olhos.»

«É demasiado gritante e decisiva a acção do árbitro. Eu tinha alertado que isto poderia voltar a acontecer. Agora sentimo-nos no direito de exigir mais uma explicação e não esperar pela 10 jornada. Se tivermos esperar, vamos estar atentos. Quantos jogos de jarra vão ser atribuídos ao Carlos Xistra, se é que é algum? Com que sentido se vai analisar? Com o mesmo sentido que se analisou a prestação do Olegário Benquerença ou, pelo contrário, nos sentido humano, de que toda a gente erra. Vamos enumerar os lances e pedir uma análise. E vamos ter de esperar pela décima jornada porque, se calhar, este sentimento de revolta do F.C. Porto não terá o mesmo sentido apelativo que teve o de outro clube.»

«Os árbitros não têm que errar a favor de ninguém, só têm que decidir bem, mas o nível de pressão a que estão sujeitos é altíssimo. Todos os clubes têm direito ao sentimento de revolta. O precedente que se abriu é demasiado grave. Agora é a vez do F.C. Porto se revoltar, mas não é igual, porque não vai ser sustentada por alguma comunicação social. Nós queremos o mesmo nível de detalhe e de sentido crítico, agressivo, como foi, de culpabilização.»