André Villas-Boas considera que a Superliga é uma ameaça à UEFA. O treinador português foi interveniente na Web Summit, abordou a criação da uma nova entidade e assume que não é fácil perceber como vai ser a Champions League a partir de 2024/25.

«É um tema sensível para as competições futebolísticas neste momento. A Superliga é uma ameaça para a organização das competições europeias. A UEFA reagiu a isso com a reorganização do formato da Liga dos Campeões, mas, para ser honesto, é preciso um manual para o perceber, é muito complicado», disse Villas-Boas, citado pela Lusa.

«Isto puxa a UEFA a estabelecer um bom nível. Prefiro este módulo para descobrir uma melhor maneira. As atuais finanças de alguns clubes são uma desgraça, colocaram os clubes em situações limite. Há espaço para conversas e reformulação de formatos. Eu espero que se valorize as competições internacionais, sobretudo as de seleções», acrescentou.

AVB também abordou o percurso dos jogadores, desde a formação até ao sucesso.

«Alguns jovens jogadores sentem um pouco mais de pressão, outros não gostam muito disso, em alguns é preciso ser mais estrito. Faz parte da liderança moderna ter esta flexibilidade no estilo de liderança. São estratégias que dependem do líder e tem de se encontrar o padrão correto para os atletas meterem talento dentro de campo», comentou.

O técnico depois exemplificou o que quis dizer, em relação ao estilo de liderar.

Falou na cultura a que estão habituados os atletas chineses, que orientou, e que estão habituados «a seguir ordens, numa regra quase de ditadura». Porém, noutras latitudes, há quem prefira o oposto.

«O Gareth Bale foi um desses exemplos. É um jogador que gosta dessa liberdade e, no Tottenham, produziu uma época incrível comigo, que o levou para o Real Madrid, no qual ganhou uma série de troféus. Por vezes, é preciso abrir essa liberdade», frisou.