A Federação Uruguaia de Futebol (AUF) decidiu esta terça-feira atribuir o título de campeão uruguaio ao Nacional, que no domingo vencia o Peñarol por 3-2 quando a partida foi interrompida (e dada por concluída) de forma abrupta por desacatos provocados no sector onde estavam instalados os adeptos do Peñarol.



Depois de um empate a dois golos no tempo regulamentar (Luis Aguiar, ex-jogador do Sp. Braga e do Sporting, bisou para o Peñarol), o Nacional marcou aos 108 minutos, por intermédio de Santiago Romero. A sete minutos do final da segunda parte do prolongamento, o árbitro da partida, Javier Bentancor, viu-se forçado a dar por concluído o jogo devido às dificuldades sentidas pelas forças policiais em travar o comportamento violento da claque do Peñarol, numa altura em que uma ambulância entrou no relvado.

O jogo já tinha sido interrompido minutos antes pelas mesmas razões.

O rasto de destruição causado no Estádio Centenário (casa do Peñarol, curiosamente) é bem ilustrado pelas imagens. Cadeiras arrancadas e pedaços de betão foram arremessados contra a polícia.
Os confrontos arrastaram-se para fora do estádio, com mais confrontos entre adeptos e polícia. Na sequência dos atos de violência registaram-se cerca de 40 detenções e dezenas de feridos, entre os quais quatro agentes.

Esta segunda-feira à noite, a Comissão de Disciplina da Federação Uruguaia de Futebol esteve reunida para tomar uma decisão sobre o final abrupto do jogo. Daí saiu a decisão (comunicada já esta terça-feira) de dar por concluída a partida, ficando assim validada a decisão do árbitro.

A imprensa uruguaia está a avançar que o Peñarol não vai recorrer da decisão.