Vítor Baía vai ser homenageado, este domingo, durante o sorteio do Euro 2016, em Nice. A iniciativa, levada a cabo pela UEFA, visa prestar tributo aos grandes guarda-redes da Europa.

O antigo internacional português é o único representante luso entre as figuras presentes, sendo que nomes como Fabien Barthez, Edwin Van der Sar ou Peter Schmeichel estão já confirmados.

Em declarações ao Maisfutebol, Vítor Baía falou do «orgulho imenso» de ser lembrado como um dos melhores de sempre na sua posição. «É um sinal que valeu a pena apostarmos numa carreira. Esta é uma situação que me enche de orgulho e, penso, deve encher também Portugal», afirma.

O ex-guarda-redes assume que gostava de ter companhia portuguesa na homenagem e que o facto de ser o único é também um sinal para os responsáveis portugueses. «Descuidaram um bocado a formação de guarda-redes durante alguns anos à sombra de um ou dois nomes. Penso que, hoje em dia, já se começa a trabalhar melhor e poderão aparecer alguns novos valores de qualidade para uma posição tão específica como foi a minha», destacou.

Quanto ao sorteio em si, Vítor Baía não sabe ainda se terá participação ativa no mesmo, aguardando indicações nesse sentido. Se participar, o objetivo será, naturalmente, tentar dar sorte a Portugal.

O Euro 2016, disputado em França, será o primeiro de sempre com 24 equipas. «É um mini-Mundial na Europa», compara Baía. «Este novo formato vai dar visibilidade a seleções que, normalmente, não estão presentes nas fases finais. Acho que acaba por ser benéfico», defende.

Para Portugal, a missão será o apuramento. E sem sofrimento, agora que os dois primeiros passam diretamente e o terceiro disputa o playoff.

«Portugal tem de assumir-se como favorito e disputar uma fase de qualificação tranquila. Espero que não seja necessário recorrer ao playoff», completa.

«Não passar a fase de grupos no Mundial é um fracasso»

Antes da caminhada para o Europeu, as atenções da seleção nacional centram-se no Mundial do Brasil e Vítor Baía espera ver Portugal brilhar naquele que acha que pode vir a ser «o melhor Mundial de sempre».

«Pela nossa ligação à língua e ao país e pelo amor deles pelo futebol», justifica.

Sobre o torneio, Baía aponta, inicialmente, ao apuramento na fase de grupos. «É o mais difícil. Depois, tudo pode acontecer. Não passar será um fracasso, porque temos jogadores, nomeadamente o melhor do mundo, mas não só, que nos permitem sonhar com algo mais», acrescenta.

Baía considera ainda que as redes nacionais estão «bem entregues» a Rui Patrício e acredita em jogadores «de uma seleção sub-21 com qualidade» a aparecerem na equipa principal na fase entre o Mundial e o Euro 2016.