É uma afirmação surpreendente, daquele que foi durante largos anos um dos principais porta-estandartes do F.C. Porto. Vitor Baía refere que a sua carreira podia ter tomado proporções ainda maiores se, ao invés de ter jogado de dragão ao peito, tivesse envergado a camisola de algum dos grandes de Lisboa.

Isto porque, no entender do ex-guarda-redes, «a projecção mediática» dos clubes da capital «na comunicação social» é infinitamente superior. Baía respondia a perguntas colocadas pelos alunos e professores da EB 2.3 Nicolau Nasoni, na cidade do Porto.

Veja o vídeo das declarações

«Se a carreira que fiz tivesse sido feita no Benfica ou no Sporting, a repercussão teria sido outra», disse o antigo atleta e ex-dirigente dos azuis e brancos, numa visita à EB 2.3 Nicolau Nasoni.

«O F.C. Porto é um clube muito fechado em si próprio. Não faz tudo o que está ao seu alcance para potenciar a imagem dos seus jogadores antigos», continuou Vitor Baía, num discurso crítico para com a instituição onde passou a esmagadora parte da sua vida.

Baía e a candidatura à Federação: «Isto vai manter-se igual»

De qualquer forma, a paixão pelo F.C. Porto continua bem viva. «Posso voltar, claro. Há uma ligação muito forte entre as duas partes. Espero ainda ser muito útil ao meu clube.»

Ainda em relação à actualidade azul e branca, Vitor Baía deixou uma ideia curiosa sobre o seu sucessor na baliza do F.C. Porto.

«A melhor época do Helton foi a que coincidiu com o meu último ano de jogador. Tive a oportunidade de lhe passar muitos conhecimentos», acrescentou Baía, que abandonou recentemente as funções que exercia no F.C. Porto.

[artigo actualizado]