Vítor Oliveira, treinador do Arouca, no final da vitória sobre o Rio Ave, este domingo, e que qualificou a equipa para os quartos de final da Taça de Portugal:

«Já era a primeira vez que estávamos nos oitavos, agora passámos aos quartos de final. Estamos contentes, ganhar é sempre bom e nós estamos aqui para ganhar ao máximo, mas nada mais do que isto. Vamos saborear e, na terça-feira, vamos é preocupar-nos com o campeonato, e pensar no jogo com Feirense, que é muito importante. Foi um jogo com duas partes distintas. Na primeira, fomos bastante melhores do que o Beira Mar, fizemos dois golos e tivemos mais uma ou duas oportunidades. Já na segunda, e com um jogador a mais, não conseguimos controlar o jogo e sentimos dificuldades em sair para o ataque. O Beira Mar arriscou tudo, partiu o jogo, e nós nunca conseguimos meter o último passe, mesmo em situações fáceis. Foi difícil sair da pressão do Beira Mar, mas penso que merecemos e passámos justamente à próxima fase, embora reconhecendo que foi um encontro extremamente difícil na segunda parte.

[Quem gostariam de apanhar agora?] Vamos aguardar o sorteio e quanto mais acessível for o adversário, melhor para nós. Pelo menos que não nos calhe um grande e que seja em casa. Se tivermos sorte, claro que sonhamos. Em casa, tirando aquelas equipas europeias, chamemos-lhe assim, qualquer uma pode cair aqui. Aliás, como se viu com o Rio Ave, uma excelente equipa, a fazer um grande campeonato. Num jogo tudo pode acontecer. Se for um sorteio acessível, claro que queremos ir às meias-finais. Sei que o público estava a pedir o Paços, mas só por desconhecimento podemos dizer que se trata de uma equipa acessível, tem feito jogos muito bons, está lá em cima na classificação e parece-me ser ainda mais difícil a jogar fora. Quem gostaria? Nem sei quem passou...

[Ficou a sensação que a equipa quis marcar cedo para poder descansar...] Só o Barcelona pode descansar sobre um resultado, esse sim, marca golos, acelera, e depois faz a gestão da posse de bola e do jogo. Todos os outros passam por períodos por cima ou por baixo, por isso nunca quisemos resolver logo, sabíamos que seria um jogo disputado até ao fim. Claro que depois do 2-0, aquela desatenção do 2-1 podia ter-nos custado caro. Aconteceu, mas conseguimos reagir bem na segunda parte, porque o Beira Mar, pese o domínio, só teve uma grande oportunidade para marcar, quase no fim. Já passou, não foi nada de transcendente. Queremos é concentrar-nos no campeonato, estamos nos lugares cimeiros e queremos manter-nos por lá, fazendo uma campanha com mais tranquilidade. É evidente que fizemos um primeiro terço bom, estamos lá em cima, e vamos fazer tudo para continuar, agora faltam 29 jornadas, é prematuro dizer mais alguma coisa. É praticamente o campeonato inteiro do ano passado que falta e sabem as reviravoltas que houve.»