Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto, em declarações no final da vitória por 3-0 sobre o V. Setúbal:

«O Souza não estava a fazer nada mal. O que sentimos é que a primeira parte foi bem conseguida, mas faltou o golo para nos dar tranquilidade. Tivemos uma posse com paciência, à espera do momento certo para penetrarmos.

Mas como faltou o golo e o golo é que tranquiliza, achámos que tínhamos de dar uma dinâmica diferente ao jogo, que o Moutinho podia trazer pelas características que tem. Estava satisfeitíssimo com o Souza, mas o jogo pedia outra coisa.

Se este F.C. Porto tem mais a ver comigo ou com Villas-Boas? Fiz parte da equipa técnica o ano passado, muitas das ideias eram ideias partilhadas, ideias comuns, o jogo não fazia sentido se não fosse assim.

O futebol do F.C. Porto do ano passado era muito do André Villas-Boas, a decisão era dele, mas também tinha algo meu. As ideias de toque, de futebol de posse, com muitos golos, eram partilhadas pelo André e por mim.

Mas obviamente que eu tenho ideias próprias relativamente à dinâmica e aos processos defensivos para as minhas equipas. O F.C. Porto está a crescer para se tornar ainda mais forte. Eu promovo a liberdade de decisão.

Quando se permite que os jogadores exprimam a sua qualidade, surgem momentos de espectáculo que todos gostamos, e eu gosto muito. Não tem a ver com ele, nem comigo, tem a ver com os jogadores que tenho e que proporcionam este tipo de jogo.»