Vitor Pereira voltou a defender a profissionalização da arbitragem e mesmo sem data prevista para que esta meta seja alcançada, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga manifestou a vontade de na próxima época já haja alguém desenvolvimento: «Devemos criar condições para atingir melhores desempenhos. Os árbitros querem ser melhores e tudo pode passar por aí. Cada Liga tem de estudar as melhores soluções. O dossier é moroso e envolve várias entidades, como o Governo. Gostava que no início da próxima época, já houvesse algum desenvolvimento nesta matéria. Para já, vamos trabalhar muito no fomento dos centros de treinos. Não encontro outra maneira. Quando um treinador encontra erros, tenta eliminá-los. Na arbitragem é a mesma coisa. Observar e corrigir.»
O novo responsável da arbitragem da Liga recordou, no Porto, que desde 1989 defende a profissionalização e mesmo consciente que o processo não será fácil apresentou exemplos reais, citados pela agência Lusa: «A Rússia paga 5.000 dólares por jogo, a Alemanha paga quatro milhões e meio de euros e cada um dos árbitros faz o que quer do dinheiro. A maioria vive apenas disto. Em todos estes casos, são mais de 25 árbitros por Liga que usufruem destes sistemas.»
Por ter bem definidas as ideias que o levam a defender a profissionalização dos árbitros, Vítor Pereira refutou as críticas de Gilberto Madaíl pois considera que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol não tem razão quando diz não ser possível a profissionalizar os árbitros: «Se Madaíl não fosse profissional provavelmente não seria o melhor presidente da FPF da história. Diz que há pouco mercado, mas para presidentes da FPF também há pouco mercado. Diz que é impossível profissionalizar, mas em Inglaterra os árbitros têm contratos assinados e na Holanda também.»
Vitor Pereira também não está de acordo com o limite de idade existente na arbitragem: «Por que é que o limite de idade é 45 anos? Na Holanda há um árbitro com 52. Tudo isso é um mito. Só se desenham estes cenários por falta de conhecimento. Com o estatuto da carreira organizado, não é necessário haver limite de idade.»