A partir de Jeddah, Vítor Pereira segue «dentro do possível» a liga que conquistou nos dois últimos anos. Ao Maisfutebol deixa uma análise breve, onde se incluem elogios ao trabalho de Leonardo Jardim em Alvalade e à liderança do FC Porto.

«O Porto começou bem e ganhou uma vantagem importante. O Benfica, pelo contrário, não entrou bem e não consigo identificar as razões desse falso arranque, apenas imaginar. Estão a recuperar agora e três pontos de diferença não é assim tanto», advoga Vítor Pereira.

«O Sporting tem sido uma agradável surpresa. Ou melhor, para mim não é surpresa porque conheço bem o trabalho do Leonardo Jardim. Pensei que o Sp. Braga estaria mais próximo, mas a verdade é que saiu muita gente importante na equipa».

«A liga não se define no primeiro terço», como Vítor Pereira bem sabe. O técnico afirma mesmo que é incapaz de definir «um claro favorito ao título».

A PRIMEIRA ENTREVISTA DE VÍTOR PEREIRA APÓS SAIR DO FC PORTO


E saudades da liga portuguesa, existem? «Vivi três anos de grande intensidade no FC Porto e estou muito ligado ao nosso campeonato, mas saudades tenho só dos grandes jogos, dos clássicos», diz ao nosso jornal, com vários sorrisos pelo meio.

As recordações são boas, principalmente a do derradeiro confronto com Jorge Jesus. «O que mais me apaixona é a preparação tática, o trabalho motivacional, os pormenores mais sensíveis dos jogos».

«Sou um treinador de pormenores», resume Vítor Pereira.

Sem querer entrar em considerandos concretos sobre o FC Porto, como bem se percebe, o treinador acredita que os dragões podem seguir em frente na Europa, tal como o Benfica.

«Vi todos os jogos europeus e tudo tem sido decidido em detalhes, com exceção da derrota do Benfica em Paris. Está tudo muito equilibrado, mas sinto que há qualidade para Porto e Benfica seguirem em frente».

No mês de dezembro, o mercado de transferências na Arábia Saudita estará aberto, tal como em Portugal, mas Vítor Pereira diz ser difícil contratar alguém.

«Temos quatro jogadores estrangeiros, todos com contrato longo, e mesmo nos clubes árabes mais pequenos não é fácil conseguir acordos. Eles não precisam de dinheiro e os atletas não possuem cláusulas de rescisão. É muito difícil contratar alguém».