O Maisfutebol colocou três perguntas aos candidatos à presidência do V. Guimarães, sendo a terceira delas relativa às infraestruturas, particularmente o projeto para a academia.

Miguel Pinto Lisboa aposta numa requalificação dos espaços existentes e António Miguel Cardoso quer a formação de jovens jogadores no centro da cidade e mais pavilhões para as modalidades.

Daniel Rodrigues, por fim, defende a reformulação da bancada Sul do Dom Afonso Henriques, a qual ficaria conhecido como A Muralha, e defende a construção de um novo espaço para as equipas principal, B, feminina e sub-23.

As infraestruturas são também um assunto considerado crucial, nomeadamente no que à academia diz respeito. Qual é o seu projeto para a academia? 

MIGUEL PINTO LISBOA – Lista B
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Todas as nossas propostas e projetos são práticos, e acima de tudo, exequíveis no triénio para o qual seremos eleitos. Pretendemos principalmente requalificar os espaços existentes. A formação no futebol é um processo continuo e constante, por isso queremos ter o alojamento dos nossos atletas dentro da academia, algo que não acontece neste momento. Há campos cujos pisos terão de ser substituídos, e estamos a estudar a viabilidade de construir mais um campo para a equipa sénior do futebol feminino. Também as modalidades terão um pavilhão de treinos para colmatar a atual falta de instalações. Pretendemos que o estádio seja parte integrante da cidade: tem que fazer parte do roteiro turístico de Guimarães, e para tal o edifício da bancada do topo sul deverá ser dotada de oferta de restauração, serviços, e também o museu. A melhoria das cadeiras é uma prioridade a curto prazo. Não estamos em fase de investimentos elevados que sobrecarreguem o Vitória. Temos que ser realistas, racionais, e gerir bem aquilo que é nosso.»

ANTÓNIO MIGUEL CARDOSO – Lista A
«Criar condições para que os profissionais de futebol trabalhem em sossego, longe dos olhares e da pressão dos adeptos. Por outro lado, temos a noção que o centro da cidade é o mais prático para os pais que levam os seus filhos às atividades desportivas. E que os pavilhões existentes são curtos para tantas e tantos atletas. A Câmara mostrou disponibilidade para fazer parte da solução.»

DANIEL RODRIGUES – Lista C
No que às infraestruturas diz respeito, nós dividimos esta área em cinco pontos: Estádio Dom Afonso Henriques, Pavilhão da Unidade Vimaranense, Academia, Alojamentos e Posto de Combustível. Quanto a este último, é conhecido que está em fase de execução e de que em breve as obras estarão terminadas, permitindo aos sócios do Vitória passar a beneficiar de um contrato que foi negociado pela direção demissionária.

Já os Alojamentos dos nossos atletas é uma questão muito importante e que está a ser menosprezada, porquanto envolve crianças e jovens que fazem deslocações entre os alojamentos e as escolas e das escolas para academia, sem qualquer acompanhamento ou cuidado por parte do Vitória. Este risco tem de ser reduzido ou mesmo eliminado, pelo que vamos rever o acordo de utilização dos quartos da Costa e comunicar com mais regularidade com os encarregados de educação desses nossos atletas da formação.

Por sua vez a Academia é um projeto que já atingiu a maioridade há muito tempo e que infelizmente apenas foram dadas a conhecer algumas atualizações. Contudo, o número de equipas que vestem de Rei ao peito foi aumentando, as exigências são cada vez maiores e o investimento na formação tem de ser uma realidade. Por isso e porque entendemos que a Academia está num local estratégico para a Formação, esse será sempre o local onde os mais jovens iniciarão o contacto com os treinos e com o Mundo Vitória. Mas os mais velhos, aqueles que têm maior autonomia, maiores capacidades de deslocação, que são ou vão ser profissionais, têm necessidades diametralmente opostas – privacidade, recato e exclusividade. Com efeito, propomos que numa primeira fase seja criado um Centro de Concentração das equipas A e B, para posteriormente receber as equipas Sub23 e Feminina, de forma a libertar a Academia para a formação. Ainda nesta infraestrutura há melhorias a realizar no que ao estacionamento e acesso da Escola dos Afonsinhos diz respeito.

O Pavilhão reúne as caraterísticas e potencialidades adequadas, sendo o grande problema a falta de espaços de treino, ou seja, de pavilhões onde na proximidade da Academia os nossos jovens possam diariamente treinar. Assim, em diálogo com a Câmara Municipal de Guimarães, temos uma proposta para a construção de uma nave dupla no terreno das piscinas, que se traduzirá na poupança dos gastos com alugueres.

Por último, para o Estádio Dom Afonso Henriques temos um estudo e uma proposta mais uma vez inovadora – a construção da MURALHA, no topo Sul. O que pretendemos é que a parte inferior desta bancada, onde fica uma parte muito significativa dos nossos GOA, deixe se ter as limitações conhecidas de espaço e de acústica. Na verdade, com a projeção da parte superior da bancada do Topo Sul até ao limite da bancada existente, pretendemos construir a MURALHA do DAH. Consultamos, o Arq. Eduardo Guimarães, enquanto autor do projeto do Estádio, que nos confirmou a viabilidade técnica. Temos uma estimativa do investimento necessário e que será inferior a meio milhão de euros. Mas como sempre defendemos, este é um estudo, uma proposta que terá de ser apresentada aos sócios, para que percebendo as suas vantagens decidam como e quando pretendem a sua execução. É essencial voltar a ouvir os sócios, não apenas através do voto, pelo que esta medida, à semelhança de outras estruturais, deverá ser discutida no espaço próprio – nas Assembleias Gerais do Vitória.