Rui Vitória: «Faltou sorte para em 28 remates marcar golo»

O treinador do V.Guimarães, Rui Vitória, depois do empate caseiro diante do Gil Vicente, o segundo jogo consecutivo sem vencer no D. Afonso Henriques:

«É evidente que custa não ganhar desta forma. Se há momentos e há jogos em que somos criticados, hoje tenho de dar os parabéns à minha equipa. Fizemos aquilo que tínhamos a fazer, a não ser ter a pontinha de sorte para em 28 remates fazer um golo.»

«Reduzir a equipa do Gil a trabalhar no seu meio campo deixa-me satisfeito, não pelo resultado, mas por esta demonstração de autoestima. Fizemos as coisas bem feitas e nunca nos descontrolamos. O que é preciso fazer mais do que os 60 ataques? É fazer golo e meter a bola dentro da baliza».

«Às vezes queremos muito uma coisa que nos focamos em demasia e até parece que atraímos o erro. São questões de felicidade. Há equipas que quase do nada fazem um golo, e nós estamos com dificuldades. Em 28 remates não conseguimos um golo, e eu estava a ver que o Gil Vicente com três remates ia fazer um. É como dizem os espanhóis, parece que não há bruxas, mas elas existem. Não fomos felizes».

«É triste o resultado, uma pena e uma mágoa. Temos trabalhado muito nas dificuldades. Não temos jogadores feitos e é pena não materializar um jogo destes em golos. Objetivamente, fomos muito melhores hoje e fizemos aquilo que tínhamos a fazer, merecíamos vencer. Esta equipa conseguiu dar uma imagem daquilo que tem sido o nosso trabalho. Há que arregaçar as mangas e continuar».

[Aplausos do público no final]
«Fico satisfeito com o reconhecimento do público, essencialmente pelos jogadores. Porque merecem isso mesmo, e hoje jogamos com sete portugueses e cinco jogadores da formação».

[Substituição de Moreno ao intervalo]
«Esperemos que não seja nada grave, mas estava a sentir algum desconforto na coxa que o punha em risco se jogasse a segunda parte».