Há quem defenda que será preciso um mês de treinos para que os jogadores recuperem os índices físicos anteriores à paragem forçada devido à pandemia do novo coronavírus.

Mas Rochinha, extremo do V. Guimarães, acredita que não será necessário tanto tempo. «Se calhar, uma semana ou uma semana e meia já nos ajuda a voltar à forma. Treinar em casa ou no campo é completamente diferente. Os exercícios que fazemos são completamente diferentes e vamos perdendo algumas dinâmicas da equipa, porque não temos estado juntos no campo todos os dias de manhã. Mas com uma ou duas semanas as coisas voltarão ao normal, porque estivemos cerca de seis meses ou mais nesse processo a treinar juntos», disse numa videoconferência com jornalistas.

Ainda que não haja uma data oficialmente definida, os planos da Liga passam por reatar o campeonato no último fim de semana de maio. Rochinha vê com bons olhos o regresso da Liga. «Claro que queremos que o campeonato volte, porque temos objetivos a cumprir e com o campeoato parado certamente que não iremos cumpri-los», notou.

Recorde-se que o jogador de 24 anos foi muito utilizado por Ivo Vieira nos primeiros meses da época, mas tem vindo a perder espaço entre as opções regulares do técnico dos minhotos. O último jogo de Rochinha foi a 8 de de fevereiro, na goleada fora de casa sobre o Famalicão por 7-0, partida na qual foi lançado já nos minutos finais.

«Às vezes, o desaparecimento de um jogador é porque o colega do lado está numa forma muito boa. Claro que às vezes os jogadores ficam chateados por não estarem a ter o espaço que acham que mereciam, mas também temos de pensar que ao lado temos mais quatro ou cinco companheiros da mesma posição que também trabalham todos os dias para ter esse espaço. Se o treinador optou assim, foi porque achava que o colega estava melhor do que eu e qe era melhor para a equipa. Só temos de compreender e continuar a trabalhar para na semana a seguir o treinador ache que merecemos ser opção», justificou, considerando que a saída das opções não se deveu a uma quebra substancial de rendimento.

«Penso que não. Não digo que o rendimento tenha sido igual, mas foi semelhante. Mas do outro lado também tenho colegas que trabalham todos os dias e que também merecem estar lá dentro», concluiu, garantindo estar empenhado em recuperar o espaço perdido assim que for possível voltar aos trabalho com antigamente.