O V. Guimarães alega que não foi percetível qualquer ato de comportamento racista no jogo de sábado passado com o Rio Ave.

Em comunicado, o clube minhota refere estar na posse de todos os relatórios das auitoridades que cumpriram serviço no referido jogo e afirma que em nenhum deles é mencionado «qualquer alegado comportamento racista» na sequência do lance ao minuto 66 no qual o árbitro André Narciso exigiu ao clube vimaranense a emissão de um aviso sonoro para atos racistas depois da denúncia de Emmanuel Boateng, jogador do Rio Ave.

«O que é factual nestes documentos, onde constam testemunhos das forças policiais e segurança, equipa de arbitragem, elementos do Rio Ave e delegados da Liga Portugal, surge a mesma certeza: não foi percetível a ninguém a existência de (qualquer) alegado comportamento racista», indica o comunicado assinado pelo presidente dos vimaranenses, António Miguel Cardoso.

A nota assinada pelo dirigente vinca ainda que o «ruído folclórico» em torno desta situação causa um «péssimo serviço» à luta contra o racismo, uma causa que afirma ser de todos e merece um «combate sem tréguas» e lesa a «honra» do Vitória.

«As condenações sumárias, os juízos de valor antecipados e as agressões repetidas ao Vitória Sport Clube e à cidade de Guimarães não se vão apagar como borracha sobre lapiseira. Está escrito e não vamos esquecer», lê-se ainda na mesma nota.

Recorde-se que a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) anunciou no início desta semana a abertura de um processo contraordenacional ao jogo entre o V. Guimarães e o Rio Ave.