FIGURA: Soares
Deu a crença que faltava aos dragões para passar no D. Afonso Henriques. Jogo de equilíbrios, muita luta e Tiquinho Soares a fazer a diferença no ataque, tal como já tinha feito no clássico. Conhece bem os cantos à casa, fez um jogo esforçado e nem esperou que a oportunidade surgisse. Inventou uma oportunidade num lance que tinha tudo para não dar em nada, acreditando mais do que toda a gente. Terceiro golo com a camisola dos dragões, preponderante para a conquista dos três pontos.

MOMENTO: crença de Soares (36’)
Um remate em desespero de causa de André Silva, que mais não foi do que um desfazer-se do esférico quando não tinha mais a fazer, tornou-se numa assistência. Uma assistência porque estava lá Tiquinho Soares a acreditar naquilo que mais ninguém acreditou. Crença do avançado brasileiro a ir à cara de Douglas desviar antes de o guarda-redes recolher. Lançou as bases do triunfo confirmado com o tento de Diogo Jota já na fase final.

NEGATIVO: tensão nas bancadas
Os instantes que antecederam o pontapé de saída foram tensos na convergência entre a bancada dos adeptos do V. Guimarães e do FC Porto. Durante alguns minutos trocaram-se, para além das habituais ameaças, cadeiras entre ambos os setores. Foco de tensão sanado com intervenção das forças policiais.

OUTROS DESTAQUES

Marcano
Momento de forma impressionante do espanhol de 29 anos. Disputa cada lance com uma confiança que quase o dá ganho por natureza. Não deu espaços, esteve intransponível a defender e muito voluntarioso na manobra ofensiva. A instantes do intervalo fez um sprint de área a área precisamente para se juntar a um contra golpe.

Bruno Gaspar
Um dos principais  foco de desequilíbrio do V. Guimarães, essencialmente na primeira parte. O lateral direito deixou várias vezes Brahimi para trás, dando superioridade territorial à equipa da casa, traçando depois vários cruzamentos para a área de Casillas, sem o devido seguimento.

André André
Tal como Soares, mais um regresso a Guimarães com prestação positiva. Sem virtuosismos, mas com muita entrega ao jogo o médio fez um trabalho quase que invisível a ligar os setores azuis e brancos.

Celis
Estreia do médio com a camisola do V. Guimarães, fazendo dupla com Zungu num jogo de grau de dificuldade elevado. Justificou a aposta, sendo muito combativo na luta do setor intermediário. Ainda emprestou afinco na construção de jogo, não se escondendo e fazendo por ser uma opção válida. Conseguiu-o.

Alex Telles
Sentiu dificuldades a fechar o lado esquerdo portista, muito por força da falta de apoio de Brahimi, mas mesmo assim cumpriu nessa missão, nunca se expondo em demasia. Para além disso, arranjou condições para ir ao ataque de forma decisiva. Está nos dois golos do FC Porto, ao isolar Diogo Jota no segundo golo e, ates disso, ao fazer o cruzamento para a área no tento inaugural.