Cerca de dois meses depois, o Vitória de Guimarães voltou aos treinos coletivos para preparar as dez jornadas que restam da Liga.

Em declarações aos jornalistas, Frederico Venâncio, defesa-central dos vimaranenses, não escondeu a satisfação por este regresso.

«Deixou-nos todos muitos felizes, os treinos voltaram à normalidade. Estarmos todos juntos, a trabalhar para o mesmo objetivo e podermos fazê-lo com toda a gente é motivo de satisfação», disse, esta quinta-feira.

«Receio não houve, o clube tomou todas as medidas de segurança. Quando estamos dentro do campo, até nos esquecemos do que está à volta. Aproveitamos tanto aquele momento para trabalharmos que às vezes até nos esquecemos que não podemos fazer algumas coisas. Às vezes temos aquela intenção de cumprimentar ou de fazer outras coisas, mas depois lembramo-nos de que não o podemos fazer», prosseguiu.

Venâncio acredita que duas semanas serão suficientes para os jogadores recuperarem a forma física, mas admite algum receio com as possíveis lesões.

«É um factor que nos preocupa porque a paragem foi muito longa, apesar de não ter sido uma paragem total, pois estivemos a treinar de forma individual. Com o retomar dos jogos há uma preocupação das equipas e dos jogadores. Pessoalmente o que quero é não sofrer nenhuma lesão e tento preparar-me nos treinos para estar em máximas condições, tento dar estímulos diferentes aos músculos, para estar preparado para o primeiro jogo.»

O jogador de 27 anos falou ainda sobre o exemplo da Bundesliga, que voltou no passado de fim de semana à ação, mas sem cumprimentos entre os jogadores nos momentos dos golos.

Venâncio assume que essa situação é, no mínimo, estranha: «Quando formos para jogo a questão do contacto vai ter de ser esquecida, o futebol é um jogo de contacto. Se estamos preocupados em não tocar no colega ou no adversário, para mim, mais vale parar. Os jogadores quando forem para dentro do campo não podem ter a preocupação de não tocar no adversário. O caso da Alemanha: nos festejos não pode haver aproximação... não diria ridículo, mas a meu ver é um bocado estranho.»

«Durante o jogo há contacto e depois quando é para festejar já não pode haver... aqui em Portugal há sempre o vício de abraçar, essa situação é estranha. Temos de aguardar para ver. Os jogadores vão ter de estar focados e esquecerem a parte do contacto físico», atirou.