* por Tomás Faustino

Luís Castro, treinador, do V. Guimarães, em declarações aos jornalistas após o triunfo sobre o U. Madeira por 2-0 para a Taça de Portugal:

«O golo sobre o intervalo veio validar tudo o que estivemos a fazer ao longo do jogo. Estivemos sempre no controlo do jogo, nunca fugimos àquilo que é a nossa identidade, àquilo que nos caracteriza, mesmo num campo extremamente difícil, com condições muito adversas para podermos controlar a bola. Procurámos sempre fazê-lo da melhor forma, conseguimos meter os nossos laterais a dar profundidade e os nossos alas por dentro. Boas movimentações do Guedes na aproximação e na profundidade, e com naturalidade chegámos à vantagem.

Sempre contra um União bem compacto, bem montado no seu momento defensivo, a não nos dar muito espaço e a criar muitas dificuldades.

Na segunda parte, continuámos da mesma forma. Nos primeiros 5 minutos o União tentou reagir, mas nós conseguimos pegar outra vez no jogo, como era a nossa obrigação. Conseguimos fazê-lo e chegar ao 0-2.

Depois, nos últimos 20 minutos, já foi um jogo muito partido e já não é aquilo que nós gostamos de ver e ter nas nossas equipas. O campo dificultou o nosso trabalho e o do União, pois eles também tiveram muitas dificuldades em jogar num terreno destes. Quer o União, quer o Vitória, não puderam fazer mais.

A minha equipa teve muito carácter, conseguiu pôr em campo o compromisso que nós tínhamos para o jogo, em todas as vertentes, e jogar bem, sempre que possível. Conseguimos não sofrer golos: já vínhamos de dois jogos assim e era importante manter a baliza a zeros. Passámos a eliminatória, que era o objetivo fundamental, acontecesse o que acontecesse.

Sabíamos que o União também queria muito seguir em frente, mas nós fomos melhores, mais poderosos. Sabemos que muitas vezes as nossas obrigações ficam pelo caminho, porque não conseguimos traduzir na prática o que as palavras indicam, mas neste caso os jogadores fizeram tudo o que eram os nossos compromissos para o jogo!»