A FIGURA: Danilo Pereira

Tremendo. Um jogo em que não facilitou nada e até aos postes ganhou a batalha. Acertou-lhes duas vezes antes de marcar mas foi ele a rir no fim. Começou o jogo, praticamente, a lamentar a pontaria a mais e não ficou por aí. Primeiro de cabeça, logo aos 5 minutos, após canto, depois com o pé direito, respondendo na área a um brilhante passe de Ricardo Pereira, vinte minutos depois. Sendo certo que a sua missão começa por ser essencialmente defensiva, nunca se coibiu de aparecer na frente, aproveitando a vertigem do jogo azul e branco. Deu tranquilidade à equipa num momento em tudo semelhante ao primeiro cabeceamento ao poste e ainda viu Miguel Silva negar-lhe um golaço de fora da área

O MOMENTO: Danilo ganha a batalha com os postes

Nem à primeira, nem à segunda. Foi só à terceira que a pontaria de Danilo afinou de vez e sossegou o Dragão. O 2-0 foi o golo que decidiu, definitivamente, um jogo que, no fundo, pareceu sempre ter vencedor definido. Ao minuto 54, num lance em tudo semelhante àquele que esbarrara no poste logo aos 5, Danilo marcou, fulminante, de cabeça. O jogo ficou ganho ali.

OUTROS DESTAQUES

Herrera

Tal como a equipa, uma exibição que foi do menos ao mais. Começou desastrado no passe, acabou com momentos de génio, como a bola picada para Aboubakar no lance do terceiro golo. A entrega foi a de sempre, pois dele nunca se viu outra coisa. Saiu debaixo de enorme aplauso o que também é relevante para um jogador que nunca foi dos mais queridos. Aos poucos, conquista os adeptos. Também aí é em crescendo...

Marcano

Que limpeza. Não estranhou, pelo segundo jogo, a ausência de Felipe, habitual parceiro, e voltou a ser ele a mostrar como se faz. Tallo teve de fugir do seu raio de ação para ter bola e nem os extremos ficaram em paz com as dobras do espanhol, em noite, mais uma, exemplar.

André André

Sair do banco para bisar. Se não é inédito na carreira, deverá, certamente, andar lá perto. O médio nem é homem de muitos golos, mas, esta noite, vestiu-se de matador e foi ele a dar contornos de goleada ao resultado frente à ex-equipa. Dois desvios oportunos, em posições parecidas do terreno

Sturgeon

Sobretudo pela direita, mas não só. Foi o vitoriano que mais incomodou a defesa do FC Porto e o cabeceamento a rasar a trave, naquela que foi a melhor oportunidade do Vitória na primeira parte, é apenas um exemplo. Bem, também, a iniciar algumas jogadas de contra-ataque. Eficaz no passe, voluntarioso e enérgico, pedia outro acompanhamento.