O Vitória de Guimarães afirmou esta segunda-feira que «deixou de ser admissível» a ausência de público nos eventos desportivos, após o sucedido em torno da final da Liga dos Campeões, disputada no Porto.

«A partir do momento em que um dos mais importantes recintos desportivos nacionais regista, com inegável sucesso, uma taxa de ocupação tão relevante, deixou de ser admissível a ausência de público de qualquer espetáculo ou evento desportivo realizado em Portugal», pode ler-se num comunicado no site oficial dos vimaranenses.

O clube informou que enviou pedidos de esclarecimento à Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol e Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto acerca das «percentagens de ocupação» que serão permitidas na próxima época, tanto em “estádios e demais eventos ao ar livre», como «nos pavilhões» e outros recintos.

O Vitória de Guimarães pretende, ainda, saber quais as suas «obrigações» enquanto organizadores, «as condições de acesso e de permanência nos recintos», as «operações» que pode realizar nos dias de jogo, quer a nível de bares, no interior do recinto, quer a nível de ‘fan zone', no exterior, e ainda a «percentagem de ocupação prevista» para os camarotes dos estádios, para salvaguardar «compromissos comerciais já estabelecidos».

Por último, o clube da cidade-berço pediu um «amplo debate» em torno do cartão do adepto.

«Não é entendível, depois dos sinais dos últimos dias, que a mensagem das instituições seja de portas fechadas em cima de portas fechadas, colocando sobre a condição do adepto português uma montanha de preconceitos e de proibições que contrasta com tudo aquilo a que assistimos no âmbito da final da ‘Champions League», atirou o emblema vitoriano.