José Couceiro, treinador do V. Setúbal, depois da derrota consentida diante do Vitória de Guimarães, no Estádio do Bonfim, em jogo da 13ª jornada da Liga.

[Resultado podia ter sido diferente se aquele golo fosse validado?]

- Obviamente que sim. O jogo estava numa toada equilibrada, há um lance em que o árbitro marca logo a grande penalidade, não vou discutir o critério do árbitro, mas acho que o amarelo é excessivo, não há a intenção de jogar a bola com a mão. Foi uma dupla penalização. O jogo estava equilibrado, nenhuma das equipas tinha grande vantagem sobre a outra. A equipa reagiu bem ao golo, marcou um golo que não foi validado. Já tive oportunidade de ver as imagens, a bola está claramente dentro da baliza. Curiosamente tem-nos acontecido isto. Aconteceu em Paços de Ferreira, com o mesmo VAR. A equipa ainda acusou mais os problemas que tem tido, cometemos alguns erros, permitindo transições perigosas ao V. Guimarães. Entrámos na segunda parte determinados em dar a volta ao jogo, o Guimarães jogou no nosso erro e fez o 2-0. A equipa voltou a reagir e fez o 2-1. Penso que o resultado é injusto, mas independentemente disso, houve jogadores que acusaram a pressão de estarmos na situação em que estamos. Os pontos que há dois meses disse que podiam ter um efeito negativo no futuro já não os vamos buscar. Temos tido muitos problemas de ordem física. Espero que agora possamos estabilizar. Se isso acontecer, temos qualidade para fazer uma prestação superior. Agora há aqui uma questão emocional, psicológica que tem de ser equilibrada. O resultado é injusto até pelo número de golos que marcámos. Marcámos os mesmos do que o Guimarães e perdemos.

[Mudanças na defesa com três centrais]

- Não há uma grande diferença, sempre nos organizámos a três. Ganhamos capacidade nos duelos defensivos, que era algo que tínhamos problemas, melhoramos nesse capítulo. No geral, a prestação dos jogadores foi muito condicionada por questões de ordem emocional. Isso foi mais do que visível. Tudo o que está à volta afeta. Essa foi a condicionante principal em algumas prestações. Não foi a atitude, não foi a entrega, mas houve erros. Temos de ser mais eficazes, sabemos disso, mas temos qualidade para fazer prestações superiores.

[Abdicou de Costinha e João Amaral]

- O João [Amaral] esteve em dúvida até ao final para jogar, não tinha capacidade para jogar o jogo todo. É um problema muscular. O Costinha foi uma opção para jogar com um jogador mais ofensivo. Penso que não foi por aí.

[Como está a sua situação? Há eleições no final do mês, vai ficar à frente da equipa até lá?]

- Não é até às eleições. Sobre o processo eleitoral não comento, não devo interferir. Este momento é que é o momento de reação e de grande unidade. Perceber se há possibilidade de reagir. Penso que a equipa tem condições para isso. Estamos cá para fazer o que é preciso pelo Vitória, Não tenho mais nenhuma novidade em relação a isso.