José Couceiro espera que o Vitória de Setúbal consiga um resultado diferente diante do Benfica, depois da derrota da semana passada, para a Taça de Portugal (0-2), quando este domingo regressar ao Estádio da Luz para voltar a medir forças com a equipa de Rui Vitória em jogo da 12ª jornada da Liga. O treinador dos sadinos desvaloriza a eliminação do adversário da Europa, considerando que o clube do Bonfim passa por problemas bem mais complicados, em alusão ao anúncio da demissão do presidente Fernando Oliveira.

«Queremos um resultado final diferente. Fizemos coisas boas no Estádio da Luz, mas o nosso nível de eficácia foi muito baixo, não conseguimos marcar. Agora vamos com a intenção clara de que podemos marcar. Um resultado positivo passa sempre por marcar golos», destacou o treinador este sábado na conferência de imprensa de antevisão do jogo da 12ª jornada da Liga.

O Benfica não vem de um bom momento, depois da derrota diante do CSKA, em Moscovo, que deixou a equipa fora das competições europeias. «Se alguém tem fragilidade certamente não é o Benfica. Em relação a nós, nem é comparável. Percebo que em Portugal noventa por cento dos adeptos pertencem a três equipas e 45 pertencem só a uma e que vamos jogar contra ela. Tomara nós termos as fragilidades dos clubes grandes. O Benfica teve um problema desportivo. Problemas temos nós. Tomara nós termos os problemas do Benfica», destacou, antes de falar nos problemas do Vitória.

«Foi uma semana atípica. Fizemos a preparação praticamente toda fora de Setúbal, a direção demitiu-se em semana de aniversário… Mas nada disso tem de ser levado para o jogo de amanhã. É um momento que não é fácil, mas esperamos ultrapassá-lo e amanhã fazer um bom jogo. Vamos tentar ter condições para fazer isso. É um jogo num estádio difícil, num ambiente que não vai ser favorável, por isso peço aos adeptos que estejam presentes para nos dar apoio», comentou.

Além dos problemas relacionados com a direção, a equipa sadina foi surpreendida a meio da semana com um controlo antidoping. « Acho muito bem que haja controlo antidoping, sempre me bati por isso e devia haver em todos os jogos. A questão não foi essa. Podemos olhar para o microciclo de uma equipa e perceber qual é o dia mais importante desse microciclo. O controlo ser na quarta-feira ou na quinta é igual. Não foi nada contra a ADOP, o problema é prejudicar o treino da equipa e isso também coloca em causa a verdade desportiva. Não foi um grande problema e ultrapassamos isso, mas o risco de lesão aumentou naquele treino. Acho que é uma questão de diálogo e bom-senso», destacou ainda o treinador.