Quase quatro meses após o últ Imo tr Iunfo no Bonf Im, o V. Setúbal voltou a pôr os pontos nos «is» no seu reduto. A vítima, a primeira desde o Estoril a 2 de outubro (também a uma sexta-feira) foi a Académica. Os estudantes regressam a Coimbra com uma derrota por 2-1 e continuam a ser a única equipa sem vitórias fora de portas nesta edição da Liga.

Se o Vitória fez um grande jogo? Não. Suk faz falta e Quim Machado vai ter muitos problemas para fazer com que a equipa sadina não se ressinta da saída do goleador sul-coreano.

Mas, para já, os sadinos puseram termo a uma sequência de três derrotas consecutivas para a Liga, estreando-se a vencer em 2016.

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No Bonfim, o jogo não foi de encher o olho. Muita luta a meio campo, alguns erros de parte a parte e pouca ação junto das balizas principalmente durante uns primeiros 45 minutos desatados por Hassan (o filho do marroquino Nader, sim!).

Por essa altura, tirando algumas bolas paradas, só André Horta, a meio da primeira parte, tinha beneficiado de uma boa oportunidade, numa ação individual à qual Trigueira respondeu com uma intervenção difícil.

A uma Académica mais apostada em controlar o jogo a meio-campo através de Fernando Alexandre, Nuno Piloto e Rui Pedro, respondia o Vitória a tentar apostar na velocidade de Arnold e André Claro, mas com poucos efeitos práticos. Até que na sequência de um canto Hassan aproveitou uma defesa incompleta após cabeceamento de William e encostou para o fundo das redes.
 
O técnico dos estudantes reagiu de imediato à desvantagem no marcador e fez entrar Gonçalo Paciência para o lugar de Rui Pedro. A briosa não cresceu de imediato mas fê-lo na segunda parte.

Logo? Não. Precisou de um empurrãozinho do Vitória. Ao tentar cortar uma bola a meio campo, Ruca acabou por isolar Nuno Piloto, que não falhou no frente a frente com Ricardo.

Antes disso, refira-se, a equipa de arbitragem falhou ao invalidar um golo a Arnold por suposto fora de jogo do congolês.

O golo forasteiro, aos 60’, desnorteou a equipa sadina, que viveu alguns momentos de aflição nos 20 minutos que se seguiram. Com a sua equipa a acusar os fantasmas do passado e a ser acometida para a sua zona defensiva, Quim Machado tirou Hassan e lançou no jogo Miguel Lourenço para se juntar a Fábio Pacheco na batalha a meio campo.

Não a ganhou, mas a equipa recuperou fôlego, passou a respirar com critério perante uma Académica que estava mais atrevida mas que acabou por cair num sopro de Arnold Issoko. O congolês resolveu o jogo a passe do recém-entrado Gorupec.

Quase quatro meses depois, o Vitória volta a ganhar na condição de anfitrião. Os estudantes, esses, continuam a baldar-se às vitórias fora de portas.