Nuno Moura, ortopedista que integrava a equipa médica do V. Setúbal, há cinco anos, cessou funções na sequência do polémico caso de gripe antes do jogo com o Sporting, considerando, em declarações ao jornal «Record», que «houve uma feira à volta do sucedido».

O médico, de 48 anos, começa por explicar que «não tinha contrato com o clube», nem era remunerado, apesar de ter sido inscrito na Liga pelo Vitória. «Na sequência do incidente, que considero ter havido muita coisa não médica misturada com assuntos médicos - o assunto foi muito bem conduzido pelo dr. Ricardo Lopes, mas acho que houve uma feira à volta do sucedido», começa por destacar.

Nuno Moura não põe em causa a existência da infeção viral, mas defende que o assunto foi empolado pela direção do Vitória. «O que aconteceu é uma realidade, não duvido. O dr. Ricardo até falou comigo sobre os jogadores que estariam ou não aptos a jogar. O que pode ter acontecido, numa tentativa de agravamento da situação ou de ganhar apoio na opinião pública, a direção levar a cabo a sua intenção de adiar o jogo. O espetáculo das máscaras e dos placares expostos, tenho a certeza que o dr. Ricardo não teve nada a ver com isso», acrescentou.