Julio Velázquez, treinador do V. Setúbal, em declarações aos jornalistas após a derrota com o Sporting em casa por 3-1:

«Este foi o dia em que fiquei mais orgulhoso desde que chegámos. Por termos os jogadores que temos e por ter assinado por esta equipa.

O dia de hoje foi uma autêntica vitória. Trabalho, compromisso e a dignificação de uma profissão e de uma instituição como o Vitória. Um muito obrigado aos jogadores, de coração. Fizeram um trabalho extraordinário.

Parece absurdo e vergonhoso que este jogo se tenha realizado. Em 2020, no futebol profissional e numa liga de máximo nível. Pusemos em risco quatro ou cinco jogadores que jogaram, sem dúvida nenhuma. Outros ficaram confortáveis, mas tenho jogadores no balnenário que ficaram mal no final.

Depois de uma situação difícil com 0-1 e 0-2, a resposta da equipa foi extraordinária. Fazer o 1-2 e ter uma situação muito clara para empatar e o Sporting a olhar para o tempo...

Foi também o dia em que fiquei mais orgulhoso dos adeptos. Tiveram um comportamento extraordinário até ao fim. Recebi também muitas mensagens, porque as pessoas são solidárias.

[Sobre o que se passou ao longo da semana e a avaliação do estado dos jogadores do Vitória por parte do Sporting]

«Parece-me uma situação muito interessante que o médico do Vitória e o médico da Liga façam uma avaliação, tudo bem Depois podem discordar. Não faz sentido nenhum que os médicos do Benfica avaliem os do FC Porto. Não faz sentido nenhum.»

[Mais sobre o jogo]

«Este é o jogo que mais vai servir para nos unir a médio/longo prazo.

Revolta? Seguramente. Recebi mensagem ontem à noite de um jogador que estava 'morto' e queria jogar. Este balneário é extraordinário. Não podem imaginar como esteve a equipa esta semana. É surreal.

Acreditei no empate a 100 por cento. Mas acreditei porque os jogadores me fizeram acreditar. Quando faltavam alguns minutos subimos o Meira. Como não ia acreditar se houve fases em que o Vitória jogou de maneira maravilhosa?

Os adeptos e a cidade de Setúbal nunca esquecerão o que os jogadores fizeram.»

[Voltou a conversar com Silas esta noite?]

«Não falei. Dei-lhe os parabéns, porque há que ser homem e saber estar em tudo na vida: nas vitórias e nas derrotas.»